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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

NÁUTICO - ATLETAS DE ATAQUE

Visando mercado, Náutico prioriza formação de meias e atacantes nas categorias de base

Sete campeões sub-17 já foram integrados ao elenco profissional, entre eles um meia e dois atacante




Desempenho do time campeão pernambucano sub-17, com média de quatro gols por partida evidencia filosofia ofensiva da base timbu


Campeão pernambucano na última quarta-feira, ao derrotar o Sport na final, a equipe sub-17 do Náutico coroou uma campanha quase irretocável. Afinal, o título veio de forma invicta com 16 vitórias e quatro empates. Mas o que também chamou a atenção foi o poderio ofensivo dos alvirrubros, com impressionantes 81 gols marcados, média de 4,05 por partida. Além disso, o Timbu teve o artilheiro da competição, o atacante Júlio, com 14 gols. Números que não são por acaso. Afinal, mais do que títulos, a filosofia implantada nas categorias de base do clube visa essencialmente a formação de atletas para o elenco profissional. Sobretudo, de meias e atacantes.

De acordo com o técnico da equipe sub-17, Adriano de Souza, a explicação é o mercado. Afinal, as duas são as posições mais valorizadas financeiramente o que ao mesmo tempo impede maiores investimentos por parte do Náutico em contratações para o elenco principal e por outro lado permite ao clube vislumbrar uma negociação vantajosa futura. 

Vale lembrar que na atual temporada, uma das principais revelação alvirrubras foi o atacante Robinho, que após a eliminação do clube na Série C foi emprestado ao Goiás com valor da venda em definitivo estipulada em R$ 3,5 milhões por 50% dos direitos federativos. Com o acesso do clube goiano à Série A existe a perspectiva do negócio ser fechado. O Náutico permaneceria com 20%, enquanto outros 30% são do empresário do atleta, de 20 anos. 

"Dentro do processo de formação a gente prioriza aqui no Náutico um jogo ofensivo, com a formação de meias e atacantes porque essa é realmente a realidade mais difícil que o clube tem para contratar. E as vezes, o custo disso na base é jogar de uma forma que não seja tão competitiva ou ideal para vencer um determinado jogo. Mas a gente precisa fazer isso em prol da formação de atletas que precisamos. Quando a gente consegue unir o modelo de jogo com resultados, a vitória fica muito mais saborosa", destacou Adriano.

"Mas se formos analisar, o objetivo não pode ser ser apenas campeão. O processo de formação de um atleta exige inúmeros fatores. Ganhar e perder faz parte do desenvolvimento. Ele não pode só ganhar, porque senão você estará formando até errado esse atleta", completou o treinador do sub-17.

Além do artilheiro Júlio, o também atacante Thiago e o meia Luís Felipe foram integrados ao elenco profissional. Assim como os zagueiros Carlão e Vítor Vellaske e os volantes Miro e Luciano que também estão já estão treinando com o técnico Márcio Goiano, o que mostra a versatilidade do time campeão sub-17. Para Adriano de Souza, outros garotos também devem ser aproveitados em breve.

"Esse grupo é fenomenal. Estou no Náutico há 11 anos e faz tempo que não vejo uma safra de atletas tão boa como essa. A maioria está desde a escolinha, outros chegaram no sub-15, só um ou dois chegaram ao clube esse ano. Além desses sete que já se apresentaram ao profissional, outros seis atletas se juntaram ao grupo do sub-20 que está em preparação para a Copa São Paulo (que começa em janeiro). Do grupo que está no sub-17 hoje, acredito que quase todos, em algum momento, serão aproveitados no elenco profissional. Ate pela filosofia do clube", encerrou. 


Diario de Pernambuco

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