Bolsonaro fatiou poderes de Onyx na Casa Civil
Não é incomum em Brasília que presidentes joguem auxiliares no óleo quente. Mas Jair Bolsonaro decidiu inovar. Trocando a frigideira pelo facão, ele submete os hipotéticos poderes do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) a um inédito processo de fatiamento. Ainda na fase de transição, o capitão arranca lascas da Casa Civil da Presidência da República antes de entregar o posto ao futuro ministro.
Bolsonaro ainda era candidato quando informou que Onyx seria o seu chefe da Casa Civil. Como o enxugamento do organograma da Esplanada dos Ministérios era um compromisso de campanha, criara-se a expectativa de que o deputado do DEM viraria um superministro, absorvendo outras pastas com gabinete no Planalto. Sucede, entretanto, algo bem diferente.
Onyx coordenava sozinho a transição de governo quando, de repente, Bolsonaro incluiu no jogo o advogado Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL. Indicou-o para o posto de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Será o gerente do pote de verbas publicitárias do governo. E passou a ser visto como interlocutor alternativo no Planalto para congressistas que não suportam o futuro chefe da Casa Civil.
Josias de Souza
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