'Se houver indulto para criminosos este ano, certamente será o último', diz Bolsonaro
Jair Bolsonaro e Raquel DodgeFoto: EVARISTO SA / AFP
Supremo Tribunal Federal discute constitucionalidade do indulto de Natal nesta quarta (28)
"Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último", escreveu o eleito.
O plenário do STF vai julgar na tarde desta quarta-feira (28) uma ação que discute a constitucionalidade do indulto de Natal editado em dezembro de 2017 por Temer. O texto teve trechos questionados no Supremo pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que entendeu que a medida contribuía para a impunidade e poderia beneficiar condenados por corrupção.
Em decisão individual, criou critérios para a aplicação da parte do decreto que não havia sido suspensa. Esses pontos serão agora discutidos pelo colegiado formado pelos 11 ministros, que decidem se mantém ou derrubam a decisão do relator. Barroso excluiu da incidência do indulto, por exemplo, crimes do colarinho branco, como peculato, corrupção, tráfico de influência, crimes em licitações, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Ele também determinou que o indulto depende do cumprimento de, no mínimo, um terço da pena (equivalente a 33% do tempo) — e não um quinto (20%), como previa o decreto de Temer. Pela decisão, o decreto só se aplicaria a casos em que a condenação for inferior a oito anos. O ministro retirou, ainda, o perdão para multas impostas pela Justiça, que era previsto no texto original.
Por: Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário