'Você (Bolsonaro) é um arregão', diz Haddad no Recife
Ato de Fernando Haddad (PT) no Recife, nesta quinta (25)Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
Petista afirmou que a virada havia começado na capital paulista e que estaria "fácil" virar no país inteiro
Depois de uma entrevista coletiva, o presidenciável Fernando Haddad (PT) foi recebido por milhares de pessoas no Pátio do Carmo, centro do Recife, nesta quinta-feira (25). O petista estava acompanhado da esposa Ana Estela Haddad. Ele ganhou uma imagem do Padre Cícero e, para responder à campanha do seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), os seus apoiadores foram anunciados com versos de literatura de cordel, além de receber a bandeira de Pernambuco antes de discursar.
"Você é um arregão e vem chamar alguém de coitado, rapaz. Ainda tem tempo", disse Haddad, ao lembrar o discurso da política de "coitadismo" citada por Bolsonaro. "Está fácil virar voto no país inteiro. Na cidade de São Paulo eu já passei Bolsonaro. Entre um livro de um ministro da Educação e uma arma de um soldadinho de araque, o Brasil vai ficar com o quê? com a educação, com o trabalho, com a dignidade", completou.
O governador Paulo Câmara (PSB) disse que a eleição do próximo domingo é a mais importante dos últimos 30 anos. "A verdade e a mentira e o amor e ódio. Vamos escolher entre a democracia e o autoritarismo.Você vai continuar o trabalho que o presidente Lula fez no Brasil. O povo de Pernambuco vai lhe dar uma grande vitória", avisou.
O senador reeleito Humberto Costa (PT) disse que sentiu o "cheiro da maior vitória política" e convocou a militância para trabalhar ininterruptamente. "O outro lado representa a ditadura. Haddad junto com Lula trouxeram para Nordeste, saúde, educação, água, dignidade. Do lado de lá o que eles oferecem para nós é capim. Haddad é um intelectual, um homem que revolucionou a educação. Ele não! Haddad sim!", disse.
A vice-governadora eleita, Luciana Santos (PCdoB), puxou um "Ele não". "Nós vamos desmontar essa farsa. Eles lá são ódio e nós somos o amor. Eles lá pregam a intolerância e nós pregamos a tolerância", afirmou.
O prefeito Geraldo Julio (PSB) foi chamado ao discurso sendo aplaudido e vaiado ao mesmo tempo, mas as vaias foram contidas sob as palavras de pedido de união do apresentador. "Haddad vai botar um governo popular de novo em Brasília. Vai mostrar que com democracia. O povo brasileiro vai dar a vitória a Haddad presidente", relatou.
Antes do discurso do candidato, Dani Portela (PSol), que concorreu ao Governo de Pernambuco foi recebida por um sonoro "minha governadora" sob os olhares do governador Paulo Câmara (PSB). "O PSol nunca foi neutro. E o nosso lado é o da democracia. Vamos derrotar as armas com os livros. Tire o seu racismo do caminho que nós vamos passar. Nós vamos passar domingo com um professor. Nós defenderemos a liberdade sim", disse, ao lembrar da vereadora assassinada Mariele Franco, e do mestre de capoeira Moa do Katendê.
Já o deputado federal Silvio Costa (Avante) saudou os presentes na pessoa da deputada federal eleita, Marília Arraes (PT). "A causa deles é ódio. A nossa tem que ser a conversa, a democracia, mas você que vai votar em Bolsonaro está errado. esbravejou. Desqualificar Bolsonaro não quer dizer nada. Até porque não se qualifica quem não tem qualidade", esbravejou Silvio Costa.
Ainda estavam no ato: o deputado federal eleito, João Campos (PSB); a deputada federal Marília Arraes (PT); a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos; Apoiadores jogaram rosas para os presentes ao final do evento.
FolhaPE
Nenhum comentário:
Postar um comentário