Eram 17h quando dois integrantes da equipe de marketing da campanha de Fernando Haddad se sentaram em uma mesa do lobby do hotel Pestana, em São Paulo, onde o candidato do PT acompanharia a apuração da eleição neste domingo. Sozinhos, fizeram um brinde com cerveja Brahma. Naquele momento, as urnas da maior parte do país estavam sendo fechadas. Àquela altura, os integrantes da campanha já tinham a certeza de que a vitória seria impossível e começavam a afogar as mágoas.
Pouco mais de duas horas depois, quando Jair Bolsonaro (PSL) foi anunciado na televisão o presidente eleito, os cerca de cem militantes que tomavam o lobby do hotel se abraçaram. As conversa embaladas por brindes de cerveja deram lugar ao silêncio. Alguns choraram. Uma liderança petista entrou na fila do bar e pediu um uísque. “Para mim é como se o coronel Brilhante Ustra tivesse vencido”, disse ele se referindo ao ex-chefe do Doi-Codi, um dos órgãos da ditadura atuantes na repressão política. O ex-ministro Alexandre Padilha chegou por volta das 19h30 e recebeu um abraço da mulher, que estava aos prantos. O ex-ministro Paulo Vanuchi consolou a filha, que também não conteve as lágrimas.
No 15º andar, onde estava o candidato Fernando Haddad, as lágrimas não predominavam. O candidato se empenhou em levantar a tropa. “Ninguém tem que baixar a cabeça porque a campanha foi vitoriosa”, disse. Ao seu lado estavam a ex-presidente Dilma Roussef, o deputado federal eleito Rui Falcão, o advogado Marco Aurélio, entre outros.
Os petistas já tinham uma vacina para a derrota. “Independentemente do resultado saímos maior. Saímos grande dessa eleição. Seja grande para governar ou seja grande na oposição”, disse Luiz Marinho, presidente do PT em São Paulo.
Para outro petista, agora o caminho terá que ser trilhado dentro do próprio PT, que terá que aprender a lidar com Haddad como liderança do partido. “O Haddad vai ter que aprender a trabalhar com isso. Não vai ter mais o Lula. Virá um inverno muito pesado”, profetizou uma das lideranças.
Pouco mais de duas horas depois, quando Jair Bolsonaro (PSL) foi anunciado na televisão o presidente eleito, os cerca de cem militantes que tomavam o lobby do hotel se abraçaram. As conversa embaladas por brindes de cerveja deram lugar ao silêncio. Alguns choraram. Uma liderança petista entrou na fila do bar e pediu um uísque. “Para mim é como se o coronel Brilhante Ustra tivesse vencido”, disse ele se referindo ao ex-chefe do Doi-Codi, um dos órgãos da ditadura atuantes na repressão política. O ex-ministro Alexandre Padilha chegou por volta das 19h30 e recebeu um abraço da mulher, que estava aos prantos. O ex-ministro Paulo Vanuchi consolou a filha, que também não conteve as lágrimas.
No 15º andar, onde estava o candidato Fernando Haddad, as lágrimas não predominavam. O candidato se empenhou em levantar a tropa. “Ninguém tem que baixar a cabeça porque a campanha foi vitoriosa”, disse. Ao seu lado estavam a ex-presidente Dilma Roussef, o deputado federal eleito Rui Falcão, o advogado Marco Aurélio, entre outros.
Os petistas já tinham uma vacina para a derrota. “Independentemente do resultado saímos maior. Saímos grande dessa eleição. Seja grande para governar ou seja grande na oposição”, disse Luiz Marinho, presidente do PT em São Paulo.
Para outro petista, agora o caminho terá que ser trilhado dentro do próprio PT, que terá que aprender a lidar com Haddad como liderança do partido. “O Haddad vai ter que aprender a trabalhar com isso. Não vai ter mais o Lula. Virá um inverno muito pesado”, profetizou uma das lideranças.
A onda durou pouco. Depois de dois dias com pesquisas apontando o crescimento do candidato Fernando Haddad, a equipe do petista reunida no hotel Pestana, de onde ele acompanhava as apurações, tinham como meta “cair de pé”, segundo um dos integrantes do marketing. As palavras são as mesmas usadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba há seis meses.
Quando chegou ao hotel Pestana, em São Paulo, para acompanhar a apuração, às 18h, Haddad não conversou com ninguém. Acompanhado do coordenador de sua campanha, Emídio de Souza, e do advogado Marco Aurério, dirigiu-se diretamente para um quarto no 15º andar, o mesmo onde acompanhou a apuração do primeiro turno. O candidato votou pela manhã em uma escola da zona sul da cidade e passou a tarde em sua casa. Boa parte do tempo ficou acompanhado de uma equipe de cinema que está fazendo um filme sobre as eleições.
No final da noite, em discurso de reconhecimento da derrota, apresentou-se disposto a continuar o combate: "Verás que um professor não foge là uta", disse, referindo-se a um verso do Hino Nacional. Prometeu ainda reconectar-se com as bases para construir um plano de alternativa de poder. "Não tenha medo. Estaremos de mãos dadas com vocês. A vida é feita de coragem", encerrou.
Bela Megale - ÉPOCA
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