Reuniões, relação de time com diretoria e aval para mudar time: Magrão abre jogo no Sport
"Este ano, o que mais teve foi reunião entre a gente", disse o goleiro do Sport em coletiva de imprensa
Goleiro revelou que encontros para acertar erros é o que mais teve neste ano
Na 14ª temporada pelo Sport, a figura do goleiro Magrão é recorrente na sala de entrevistas do clube nos bons, mas, sobretudo, nos maus momentos. Ídolo maior da centenária história rubro-negra, o goleiro é uma espécie de bombeiro da Ilha do Retiro. Sempre convocado para tentar amenizar de alguma forma a situação do time. Escalado para dar entrevistas nesta terça-feira, o atleta de 42 anos, desta vez, não fez rodeios nas palavras. Direto, admitiu que o time, há 11 jogos sem vencer e agora imerso na zona de rebaixamento, precisa de mudanças para enfrentar o Paraná no próximo domingo. Ainda revelou reuniões internas sem efeito e negou racha no elenco ou semelhanças com rebaixamentos anteriores. Confira a entrevista completa abaixo.
Mudanças no time
"Tem que ter mudança. Não temo como. O Sport está há 11 jogos sem vencer e não tem mudança. As mudanças que acontecerão no decorrer dos dias vão ser para o bem do Sport. Independentemente de quem estiver jogando, antes do jogo com o Botafogo já conversamos sobre isso, vamos ter que apoiar. O momento que estamos passando temos que ver o clube. Não tem mais o eu. Tem que deixar o eu e de lado e apoiar o clube."
Presença do presidente no treino
"O presidente veio mostrar confiança na equipe, veio dar palavras de incentivo dizendo que confia e que nós temos que confiar em nós mesmos para sair da situação. Praticamente, a palavra que mais se repetiu foi que nós jogadores temos que ter confiança em nós mesmos porque só a gente pode tirar o time dessa situação. Palavra foi de confiança."
Rumores de racha entre elenco e direção
"Quando as coisas não estão bem, aparecem muitas coisas. Em relação a jogadores e diretoria, não tem nenhum tipo de conflito. Normalmente, eles estão aqui no CT. A culpa, na verdade, é de todos, diretoria, jogadores, mas esse racha não existe aqui no clube."
Semelhanças com rebaixamentos anteriores
"A sequência é parecida, mas se a gente for ver nos últimos três anos tivemos sequência parecida em não ter vitórias e conseguimos reverter. Procuro me apegar nas coisas boas do que nas ruins que tive aqui, que foram em 2009 e 2012 (dois rebaixamentos). Estamos vivendo um momento delicado, difícil, mas possível de reverter. Ainda não tem nada acabado, pelo contrário. Tem muitos pontos pela frente ainda. Em 2009 e 2012 foram situações que não tivemos força para reverter. Neste ano, eu vejo um elenco que mesmo diante das dificuldades está tentando. E vamos recolocar o Sport no caminho das vitórias de novo. Não comparo o Sport de 2009 e 2012 com este ano."
Sistema defensivo
"Momento muito ruim. Individualmente para mim é horrível isso, mais ainda pelo fato de a situação que o Sport se encontra. As cobranças estão havendo internamente, inclusive este ano aqui o que mais teve foi reunião entre a gente. Até antes do jogo com o Botafogo, na sexta-feira, no hotel, nos reunimos, nos cobramos, mas não surgiu efeito no resultado do jogo. Acho que quando as coisas não estão dando certo, você tem que trabalhar mais, o que você está fazendo não está suficiente trabalhar mais, atenção redobrada, personalidade, coragem, atitude, tudo isso colocar mais em cada um. Se cada um colocar isso, temos grandes chances de sair dessa situação."
Abalo psicológico
"Isso acontece. Acho que a falta de confiança, quando você começa a não ter resultados favoráveis e acaba sempre não dando, no jogo seguinte toma o gol e pensa logo que vai acontecer tudo de novo. Pisolocoligamente afeta. Nós temos que tirar isso da cabeça porque tivemos uma sequência quando a equipe sofria gol se abalava muito. Tomar gol faz parte do jogo, tem que reagir, levantar a cabeça e buscar reação. Em determinados jogos aconteceu isso, mas a gente vem trabalhando para reverter a situação. Lembro que no primeiro turno sempre que saímos na frente tínhamos força maior para segurar o resultado. Em dois jogos apenas conseguimos reverter, contra o Palmeiras e o Atlético-MG. É possível quando tomar um gol reverter, mas quando fica tanto tempo sem vencer dá um abalada. Mas estamos trabalhando para reverter isso aí."
Momento de reação
"O momento já era para ter vindo alguns jogos atrás, não conseguimos e o foco total é no Paraná. Independentemente do adversário, onde quer que seja o jogo, temos que estar preparados. Na sequência do primeiro turno fomos felizes, mas sabemos que o segundo é mais difícil."
Nova vida a partir de domingo
"Tem que ser. Já começou essa semana. Uma semana diferente, onde temos uma semana cheia para novos trabalhos, para fazer tudo que a gente ainda não fez. Uma atitude, uma intensidade diferente, um clima diferente, a responsabilidade. É uma semana diferente das outras, que tem tudo para no domingo a gente fazer aquilo que a gente não fez ainda nessas 11 rodadas. Estamos devendo, estamos cientes disso. Estamos tentando, mas não estamos conseguindo. É cada um se doar mais, trabalhar mais, para que domingo possamos começar uma nova vida para o Sport. A gente sabe que o campeonato vai afunilando, mesmo ainda tendo bastante rodadas, mas quanto mais tempo a passar sem vencer, as coisas ficam cada vez mais difíceis. Temos uma semana boa para trabalhar e reverter essa situação."
Embalar
"Vamos ter que fazer por onde fazer isso. Esperamos que possa acontecer, mas não podemos apenas esperar sem fazer por onde. Acredito muito que a gente vai mudar essa situação. Estamos nos cobrando, estamos nessa semana começando muito bem os trabalhos e temos totais condições de reverter a situação, mesmo que o cenário pareça não ter mais jeito, pelos jogos que a gente vem realizando. Isso vai mudar e vai mudar a partir do jogo contra o Paraná no domingo."
Diario de Pernambuco
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