Eliminado,Santa decreta oitava participação no 'porão' do futebol nacional em 12 anos
Tormento coral começou no ano de 2008, quando disputou pela primeira vez a Terceira Divisão
Trajetória recente contradiz peso histórico do clube e deixa interrogações
A temporada de 2018 foi de decepções para o Santa Cruz. A equipe coral não conseguiu qualquer objetivo que foi traçado. Com quatro eliminações em mata-mata, sofreu o ano todo em um retrato que culminou com a queda na Série C por 3 a 0 para o Operário, no último domingo, pelas quartas de final da competição. Com isso, já projetando o próximo ano, o Tricolor frequentará o porão do futebol nacional em oito das últimas 12 edições do Campeonato Brasileiro.
Explica-se. O tormento coral começou no ano de 2008, quando disputou pela primeira vez a Terceira Divisão. Piorou ainda mais nas temporadas seguintes em que participou da Série D por três vezes consecutivas, entre 2009 e 2011. Em seguida, retornou à Série C. Precisou, contudo, de duas edições para sair do buraco que entrou, encontrando o alívio em 2013.
Os anos seguintes pareciam de paz. Porém, o tormento bateu novamente na porta do Arruda. Este ano, o time voltou a disputar a Série C e, com a derrota para o Fantasma, disputará mais um ano com dificuldades financeiras, sem garantias de cota de televisão e ainda com uma nova chance de ter a temporada encurtada caso não consiga o acesso. Desse modo, a trajetória coral recente está marcada com cinco participações na Terceira Divisão (já contando com 2019) e outras três na Série D. Uma contradição com a história centenária coral que acumula 24 participações na Série A e outras 20 na Série B.
Neste ano, o Santa Cruz sofreu com uma remontagem quase que completa da equipe. No começo da temporada, penou. Foi eliminado nas quartas de final do Estadual para o Sport com um placar de 3 a 0. Ainda perdeu por 4 a 1 para o ABC em pleno Arruda e se despediu da Copa do Nordeste nas quartas de final. Já na Copa do Brasil, não foi capaz de passar do Fluminense de Feira-BA, acabou derrotado por 2 a 0 e saiu de cena ainda na primeira fase da competição.
Os números gerais do clube, que vê a temporada se encerrar em agosto, também refletem um baixo rendimento. Em 40 jogos disputados, foram 13 vitórias, 17 empates e dez derrotas. No comando técnico, foram três mudanças. Após iniciar a trajetória com Júnior Rocha, trouxe Paulo César Gusmão e terminou a temporada com Roberto Fernandes. Com o elenco, realizou dispensas em excesso e conviveu com atrasos salariais. Pela frente, restam interrogações.
“Agora, é um ano diferente porque, quando você está na Série B e na Série A tendo insucesso, o campeonato acaba no início de dezembro. Então, você tem como planejar real a próxima temporada. O Santa Cruz fica agora quase três meses sem atividade. Não só o Santa Cruz, mas as equipes da Série C. É um calendário meio injusto”, disse o treinador do Santa Cruz, Roberto Fernandes.
Diario de Pernambuco
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