Auxílio-moradia tem que ser extinto, sem compensações a magistrados
O acordo que garantiu o reajuste do STF precisa ser esclarecido. É perigosa a proposta de reajustar o salário do Judiciário Federal para extinguir o auxílio-moradia. Magistrados e aposentados que não têm direito ao benefício receberão o aumento. O custo seria maior para o contribuinte. A melhor solução é simplesmente extinguir o privilégio sem que se negocie qualquer compensação ao Judiciário.
O fim do auxílio-moradia traria uma economia de até R$ 600 milhões, estima a consultoria da Câmara. O impacto do reajuste será maior, estimado em R$ 930 milhões. Isso porque o reajuste é repassado a todos os aposentados e vai privilegiar também os juízes federais que não recebiam o penduricalho.
Não cabe relacionar o aumento com a incorporação de um benefício sem sentido. Acabar com o privilégio é a melhor decisão. Os magistrados já ganham bem, não precisam que o estado pague também um auxílio-moradia. O benefício vinha sendo desfrutado até por quem já tem casa ou por marido e mulher juízes que moram na mesma residência.
Miriam Leitão – O Globo
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