Ex-delegado da PF, torturador, quer entrar na ABL
Na disputa em que Pedro Corrêa do Lago e Cacá Diegues despontam como favoritos, há um candidato com um currículo incomum para a vaga aberta na Academia Brasileira de Letras com a morte de Nelson Pereira dos Santos.
Trata-se do gaúcho José Carlos Gentili, escritor e ex-delegado da PF.
Gentili é identificado como torturador de presos políticos no projeto Brasil: Nunca Mais, realizado pela Arquidiocese de São Paulo.
Na ABL, Gentili não entrará, mas tem garantido um voto, o do poeta Carlos Nejar.
A expectativa na PF em Curitiba é que instâncias superiores da Justiça derrubem a decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que proibiu Lula de dar entrevistas.
Com isso, a PF já se planeja para que a sala em que ocorrem as audiências por videoconferência seja usada para eventuais entrevistas. A incógnita, do ponto de vista logístico, é sobre a extensão de uma revisão da decisão de Carolina, mais especificamente sobre debates.
Se, até a Justiça declarar Lula inelegível, houver debates, Lula participará? A PF não tem ideia de como isso seria do ponto de vista logístico.
Lauro Jardim – O Globo
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