Grupo pró-Lula inicia greve de fome e é retirado do STF por seguranças
Manifestantes que iniciaram a greve de fome acusaram os seguranças da corte de truculência.
O local da confusão, a área externa do Salão Branco, por onde os ministros do Supremo chegam para as sessões plenárias, foi alvo de simpatizantes de Lula na semana passada. Na ocasião, um grupo jogou tinta vermelha no chão, enquanto gritava "Lula livre".
Os manifestantes que iniciaram a greve de fome acusaram os seguranças da corte de truculência. O entorno da sede do Supremo foi fechado por grades, para evitar que mais manifestantes se aproximassem. Havia cerca de 40 pessoas do lado de fora com cartazes e instrumentos de percussão.
O grupo que anunciou a greve de fome disse que ela não tem data para terminar e deve se estender até que o ex-presidente seja solto. São quatro homens e duas mulheres ligados a movimentos como o MST e a Central dos Movimentos Populares do Brasil, além do frei Sérgio Antônio Görgen.
Segundo ele, os grevistas escolherão ainda nesta terça um lugar para ficar, e todos os dias, daqui em diante, passarão algumas horas em frente ao Supremo.
"Não é possível que um juizeco de primeira instância, como o Sergio Moro, possa querer conduzir uma nação brasileira. A greve de fome é para dizer que o povo não vai ficar submisso aos interesses de Sergio Moro e de um grupo de juízes", disse um dos manifestantes.
Lula está preso em Curitiba desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância. Ele foi sentenciado por Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). A condenação foi mantida pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
As cortes superiores -o Supremo e o STJ (Superior Tribunal de Justiça)- têm negado até agora habeas corpus para soltar Lula.
O PT tem mantido a candidatura dele à Presidência da República. Os manifestantes disseram que o povo brasileiro deve ter o direito de votar em quem quiser.
Por: Folhapress
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