PE: até segunda, Ceasa deve ter preço e quantidades normalizados
Movimentação no Ceasa-PE Foto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco
Presidente do Ceasa-PE Gustavo Melo comemorou a retomada. Cenoura é uma das poucas raízes que ainda não foi abastecida
O empresário Xinxa Goes de Siqueira, conhecido como Xinxa da Cebola, é comerciante há 25 anos no local. Segundo ele, os preços e a quantidade de alimentos ainda não foram normalizados, mas a situação deve ser restabelecida até segunda-feira (4). “A saca da batata, que normalmente é vendida a R$ 110, ainda é comercializada por R$ 300. Já a saca da cebola, que era vendida por R$ 55, chegou a R$ 120, mas já baixou para R$ 85", infomou o empresário.
Na loja de Xinxa, costumam chegar seis caminhões por semana. Durante os nove dias de paralisação, nenhum veículo chegou. "Eu nunca tinha passado por isso. Ainda cheguei a ir buscar batata em Caruaru. Mas hoje a situação começou a ser normalizada e eu recebi dois caminhões", comemorou o empresário. Ele explicou que os produtos que vêm de fora, como a batata e cebola, sofreram um impacto financeiro por conta da paralisação.
A cenoura é uma das poucas raízes que ainda não foi abastecida no Ceasa-PE. O comerciante Carlos Sinaldo, dono da Casa da Cenoura, que é comerciante há 26 anos no local, informou que teve um prejuízo de R$ 30 mil. "Perdi 800 sacas de cenoura e beterraba. A carga vinha da Bahia e estragou dentro do caminhão. No Ceasa, você ainda não vai encontrar cenoura. Já fiz novas encomendas e deve chegar amanhã (sexta-feira)", disparou. O empresário acredita que o preço da cenoura deve aumentar, já que ele vai pagar, de frete, R$ 6 por saca. "Antes, eu estava pagando R$ 3,50 por saca. Agora, foi para R$ 6. O preço da saca de cenoura deve subir de R$ 45 para R$ 70", informou Sinaldo.
O presidente do Ceasa-PE, Gustavo Melo, comemorou o processo de retomada. Segundo ele, até as 11h, 398 caminhões chegaram ao Centro de Abastecimento nesta quinta. “É um processo de retomada. Daqui para segunda, estará 100%. Hoje, temos um movimento bom em todo o Ceasa e, principalmente, nos galpões”, disparou. Em relação aos preços, Gustavo Melo informou que eles estão diminuindo. “A gente já encontra o quilo da batata por R$ 6 e a cebola, a R$ 5”, finalizou.
Bolso do consumidor
O aposentado José Severino da Silva, conhecido como Lula, é dono de um sushi no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Ele precisa ir, pelo menos, três vezes, toda semana, ao Ceasa para comprar alimentos. Nesta quinta, ele informou que não teve prejuízo financeiro. "Os preços estão razoáveis, caminhando... Durante a greve, não vim nenhum dia aqui porque imaginei que não iria ter um bom custo-benefício. Me virei com o estoque que tinha e esperei terminar a paralisação", comentou.
FolhaPE
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