PF: 37 inquéritos contra locaute em greve; há prisões
Segundo minstro Raul Jungmann, as investigações sobre a participação de empresários no movimento ocorrem em 25 estados
A Polícia Federal abriu 37 inquéritos para investigar a suspeita de locaute (greve de empresas) nas paralisação de caminhoneiros. A informação é do ministro da Segurança, Raul Jungmann. Segundo ele, as investigações ocorrem em 25 estados. No locaute, os patrões agem em razão dos próprios interesses e não das reivindicações dos trabalhadores e se recusam a ceder aos empregados os instrumentos para que eles desenvolvam seu trabalho, impedindo-os de exercer a atividade.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também investiga a participação de empresários no movimento. Segundo informações do G1, cerca de 20 pessoas físicas e associações estão sendo investigadas pelo órgão. Um dos alvos é a Federação de Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo, que divulgou um vídeo no último dia 11 em que fala dos supostos efeitos de uma greve de caminhoneiros por cinco dias. O narrador fala em “sumir com caminhões” e em “caos para todo lado”.
Em nota, a federação negou incentivo ao movimento e afirmou que a intenção "clara" do vídeo é a "conscientização da população sobre a importância do transporte rodoviário de cargas".
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) expediu 400 autos de infração, totalizando R$ 2,3 milhões. O ministro da Segurança disse que o setor de transporte é concentrado e comandado por poucas empresas.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, disse que motoristas da Forças Armadas e de outras instituições já conduzem veículos de transporte de cargas para suprir abastecer aeroportos, depois que o governo editou um decreto permitindo a “requisição” de veículos para garantir o abastecimento.
— Esperamos que os caminhoneiros voltem a trabalhar o mais breve possível, mas não há uma data prevista — afirmou, acrescentando: — A preocupação do governo é o abastecimento, enquanto ele estiver prejudicado o governo vai atuar.
por Magno Martins
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