Arnaldo Barros destrincha momento financeiro do Sport
Arnaldo Barros, presidente do Sport Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco
"Não me agrada fazer esse tipo de esclarecimento porque as coisas do Sport devem ser tratadas internamente", disse o presidente
O presidente do Sport, Arnaldo Barros, pretendia, ao convocar entrevista coletiva, nesta quarta-feira, dissecar todos os números de sua gestão. De fato, conseguiu. E, por quase duas horas, o mandatário rubro-negro explicou a imprensa os tópicos de cada dividendo, além da saúde financeira leonina. Vale lembrar que na última terça-feira, ele apresentou os dados ao Conselho Deliberativo. As contas, que previam um déficit de R$ 18 milhões ao fim do ano, acabaram aprovadas. Outro ponto levantado por Barros foi com relação aos salários atrasados, apontados pelo técnico Nelsinho Baptista. Confira abaixo outros destaques da coletiva de imprensa.
MOTIVAÇÃO
"Não me agrada fazer esse tipo de esclarecimento porque as coisas do Sport devem ser tratadas internamente com o corpo de associados e conselheiros. Queremos ter informações com qualidade para os sócios e conselheiros. Isso é transparência. Publicidade é ultrapassar os limites da instituição privada. Uma coisa é diferente da outra. Mas em consideração ao torcedor, que é uma parcela importante do clube e à imprensa, que leva a informação, temos de fazer isso no momento estabelecido", falou Arnaldo Barros.
"Tivemos R$ 7 milhões a mais porque o Sport ficou mais em evidência porque disputou campeonatos internacionais, fomos além na Copa do Brasil. Toda receita, quando cresce, é esperado que tenha um acréscimo nas despesas. Porque existem mais despesas de viagens, hospedagens, alimentação, staff... Você tem de ter mais empregados para poder fazer a administração desses eventos, arrendamentos", afirmou.
DEFICIT
"O Sport é um clube normalmente deficitário. Sempre dissemos isso. Mas ser deficitário não é ser inviável. Temos de ter cuidado na administração sabendo que vamos ter dificuldades para gerar as receitas. Por isso tivemos uma diferença”, disse o presidente. “André tinha cinco anos de contrato. E está no passivo as imagens dos últimos cinco anos, claro. Mas ele será vendido, creio eu. Se a venda de Diego Souza e André fossem concluídas em dezembro, teríamos R$ 20 milhões aí e seríamos superavitários”, completou.
PASSIVO
"O passivo do Sport vem crescendo de 2015 para 2017 por uma razão simples. Cada vez que você faz um investimento, há ativo e passivo. A partir de 2015, as práticas contábeis impostas pelo Sport fizeram com que nós reconhecêssemos débitos, os passivos. Para se fazer uma análise justa, tem que pegar ativo de passivo. E isso não é dito por falta de compreensão, conhecimento técnico ou oportunismo".
PROCESSOS TRABALHISTAS
"Quatro já foram julgadas improcedentes em relação a atletas. Restam duas. As de Maikon Leite e Felipe Azevedo, que não foram da minha gestão. Eles estão reclamando o direito de arena, que pagamos ao sindicato e eles repassam aos atletas. E eles estão dizendo que os direitos de arena são relativos a toda a receita do clube, porque tudo é gerado pelo futebol. Estamos rebatendo essa tese nova."
NELSINHO BAPTISTA
“Nelsinho disse que estava há quatro meses sem receber imagem. Ele não tem nem quatro meses trabalhando com a gente. Ele começou no dia 2 de janeiro. Como ele tem quatro meses? Temos de ser críticos com as informações que chegam até nós.”
FolhaPE
Nenhum comentário:
Postar um comentário