Reconhecendo limitações físicas, Wendel explica aposentadoria do futebol, aos 36 anos
'Fico muito satisfeito de meu último clube ter sido aqui", disse o agora ex-jogador na sua coletiva de despedida
Ex-volante aproveitou coletiva de imprensa para desmentir boatos de desentendimento com técnico Roberto Fernandes e deixou futuro em aberto
Um dia após anunciar a aposentadoria como jogador de futebol, o agora ex-volante Wendel concedeu uma entrevista de despedida no centro de treinamento do Náutico, seu último clube. Deixando o futuro em aberto, o ex-jogador, de 36 anos, reconheceu que a decisão de pendurar as chuteiras veio pela percepção de que já não estava conseguindo render o esperado dentro de campo, devido as questões físicas. Pesou também a vontade de dedicar mais tempo aos filhos. Com isso, também desmentiu boatos de um suposto desentendimento com o técnico Roberto Fernandes.
"Não tive nenhum atrito com o Roberto, não houve briga nem nada disso. Só queria agradecer mais uma vez ao Náutico. Fico muito satisfeito de meu último clube ter sido aqui. Quero acompanhar um pouco mais meus filhos, levá-los à escola, a natação. Vivenciar um pouco mais isso. E também tem a relação com o corpo. São 36 anos e mais de 750 jogos como profissional. Chega uma hora que pesa. Não queria terminar a minha carreira como alguns jogadores, se arrastando em campo e prejudicando o clube", destacou.
Seguro da sua decisão, Wendel destacou que a sua saída do Náutico também abre espaço para outros atletas mais jovens. E fez questão de citar o meia Luiz Henrique, das categorias de base do clube, em quem aposta um futuro promissor. "Não queria atrapalhar o aparecimento de promessas. De jogadores que vem subindo e tem potencial, como o Luiz Henrique. Acabei decidindo que seria melhor não só para mim, mas para o Náutico também. O clube me abriu as portas e teria que ser correto e honesto com o clube também", pontuou.
Sobre o futuro, a única certeza é que a carreira de treinador de futebol está fora de cogitação. "Até o meio do ano quero aproveitar minha família. E a partir de julho pretendo estudar e me especializar. Quem sabe um dia para copiar o Ítalo (Rodrigues, gerente de futebol do Náutico) na gestão de um clube, ou no trabalho de categorias de base. Mas o futuro a Deus pertence".
Por fim, com 19 títulos na carreira, Wendel, mesmo aposentado não descarta o 20º. "Se o Náutico vier a ser campeão da Série C vou me considerar campeão sim. Joguei duas partidas (contra Santa Cruz e Botafogo-PB). Vou ligar para o Ítalo para receber minha faixa também", brincou.
Diario de Pernambuco
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