Sport sugere congelar valores de pagamentos a agentes de Rithely, que recusam proposta
"Essa questão está sendo tratada na Justiça, via contestação da ação", declarou Leonardo Lopes
Com caso travado, empresários mantêm ação na Justiça contra clube
Enquanto tramita na Justiça e na CBF uma ação dos empresários de Rithely contra o Sport, na qual eles cobram o pagamento de dívida, o clube apelou para uma negociação longe da esfera jurídica e desportiva. Segundo apurou a reportagem do Superesportes, a direção propôs aos agentes uma revisão nos valores dos vencimentos exigidos. A oferta foi recusada pelos representantes do jogador.
Na Justiça Comum e na Câmara Nacional de Relações de Disputas da CBF, os empresários cobram o dinheiro pela venda de 50% dos direitos econômicos de Rithely no ano passado (o Sport detém 100% atualmente), além de cifras pela renovação contratual, no mesmo período.
À época do negócio, o Rubro-negro se comprometeu a pagar cinco parcelas anuais de comissão aos agentes - entre 2017 e 2021. Mas até agora o staff do volante alega que só recebeu mesmo um sinal de valor mais baixo, também conforme acordado em contrato. Assim, a diretoria deve ainda as cotas de 2017 e 2018, que venceram em julho do ano passado e em janeiro deste ano, respectivamente.
Em tempos de austeridade nas finanças, o clube resolveu sugerir aos empresários que as duas parcelas atrasadas fossem “congeladas” por dois anos. Esses valores seriam quitados com os empresários, portanto, só a partir de 2020. Sem a adição juros.
Reabrir negociação?
Para que esse dinheiro venha mais rápido para o Sport, a saída apontada pelos rubro-negros, segundo apuração, foi a venda de Rithely, desejo dos empresários e do jogador, mas que não foi concretizado nesta temporada justamente devido à postura inflexível da direção nas negociações.
Oficialmente, o Sport diz que o imbróglio seguirá sendo conduzido apenas na esfera jurídica. “Essa questão está sendo tratada na Justiça, via contestação da ação”, declarou o diretor Leonardo Lopes. O vice-presidente de futebol, Guilherme Beltrão, e o vice-jurídico, Leucio Lemos, também foram procurados pela reportagem, mas não atenderam as ligações.
Se confirmada a dívida na CBF, o Sport corre risco de ser punido desportivamente, podendo ser impedido de contratar durante dois anos. A entidade notificou o Rubro-negro sobre o caso ainda em 31 de janeiro, porém o clube perdeu o prazo de resposta em 19 de fevereiro.
Na Justiça Comum, outra frente utilizada pelos agentes, o Leão ainda aguarda a intimação. Conforme despacho com força de mandado do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) do juiz Frederico de Morais Tompson, o Sport terá três dias contados da data do registro da citação para efetuar o pagamento da dívida. Não ocorrendo pagamento da totalidade do passivo, bens do Rubro-negro podem ser penhorados.
Rithely não alega mais contusão no tornozelo e só depende de uma reabilitação física para retornar aos gramados. A previsão do clube é que ele enfrente o Santa Cruz, no Arruda, na próxima quarta-feira - pelo Campeonato Pernambucano.
Rithely não alega mais contusão no tornozelo e só depende de uma reabilitação física para retornar aos gramados. A previsão do clube é que ele enfrente o Santa Cruz, no Arruda, na próxima quarta-feira - pelo Campeonato Pernambucano.
Diario de Pernambuco
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