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quinta-feira, 1 de março de 2018

ESTUPRADOR PRESO

Preso suspeito de estuprar, em Olinda, mulheres escolhidas através da internet

                                                 Alexandre Silva de Souza, preso pela PCPE                                                 Foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco


Prisão ocorreu dois dias após divulgação de retrato falado

Dois dias após divulgar o retrato falado, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) prendeu, no início da tarde desta quinta-feira (1º), o técnico de informática Alexandre Silva de Souza, de 31 anos, suspeito de praticar estupros em mulheres em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). As vítimas eram escolhidas através da internet - elas colocavam anúncio se candidatando a emprego. No interrogatório, Alexandre afirmou à polícia ter praticado pelo menos 13 estupros utilizando esse método, dos quais sete tiveram boletins de ocorrência abertos em delegacias da cidade em um período de cinco meses. 

Segundo o delegado Eronides Meneses, titular da Delegacia de Peixinhos, ele é ex-presidiário e tinha três antecedentes criminais desde 2007. Alexandre foi preso duas vezes também por estupro, atentado violento ao pudor e roubo, com penas que somam 38 anos. O suspeito fugiu da Penitenciária Agrícola de Itamaracá em março de 2017. O técnico de informática será levado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).Alexandre, que mora em Peixinhos, é casado e tem dois filhos. A esposa não sabia de nada e teve uma crise nervosa ao saber da prisão do marido.
O primeiro boletim de ocorrência contra Alexandre foi registrado em 5 de outubro de 2017, por um estupro cometido no Complexo de Salgadinho. Outros seis estupros foram praticados por ele nos últimos cinco meses: outro em Salgadinho, mais quatro em Peixinhos e um no bairro de Sapucaia. 

Segundo o delegado, ele contactava o site de vendas atrás de vítimas que ofereciam serviços. "Não tinha nenhum específico, ele entrava em contato com inúmeras até alguém topar", explicou. "Uma das vítimas compareceu à delegacia para fazer o retrato falado e iniciamos as investigações. O sistema de inteligência da polícia fechou o cerco e, através de uma denúncia anônima realizada hoje [nesta quinta], chegamos ao local onde ele estava", disse. 
As tatuagens ajudaram a identificar Alexandre. São duas na coxa esquerda, uma na coxa direita, uma no pé esquerdo e uma no braço esquerdo. Um número de celular com o qual Alexandre entrava em contato com todas as vítimas também contribuiu com as investigações. 

"Ele sempre marcava perto da casa dele e ia bem vestido ou contratava um serviço de transporte por aplicativo. Informava as vítimas que era o motorista dele e descia perto da mata, onde ele dizia que morava perto. Então, ele sempre envolvia bem para convencer que era uma vaga de emprego legítima", completou o delegado.

Caso mais recente

O estupro mais recente ocorreu na última segunda (30), em um matagal no Complexo de Salgadinho. Apresentando-se como policial civil, o suspeito entrou em contato através da OLX com uma mulher de 30 anos que trabalha como cuidadora de crianças. Os dois marcaram de se encontrar na rua do Sol, na área Central do Recife, para acertar os detalhes da prestação de serviço. Ele se identificou como Alexsandro e disse que precisava de auxílio para cuidar da filha, uma menina de 5 anos. Por telefone, o homem ainda chegou a colocar uma criança para falar com a cuidadora.
Depois do encontro, por volta das 18h, eles pegaram um ônibus na rua do Sol e seguiram no sentido Olinda, onde seria a casa que a mulher iria trabalhar. Eles desceram em uma parada do Centro Musical de Olinda, no Complexo de Salgadinho, e o homem teria arrastado a vítima para o matagal, atrás do Memorial Arcorverde. Lá, ele cometeu o estupro. Depois, ele pediu que a vítima colocasse a roupa e fosse embora. 
Após cinco minutos imóvel, a mulher foi até a pista e pediu ajuda. Uma senhora fez o socorro e levou a vítima para a Delegacia do Varadouro. Na delegacia, a vítima foi informada que, na Delegacia de Peixinhos, também em Olinda, outras quatro pessoas denunciaram recentemente abusos parecidos. Nos outros casos, o homem se apresentou como Alexandre. Pela semelhança no nome, forma da abordagem - através de anúncios no site de vendas - e características, os agentes acreditam se tratar do mesmo suspeito.

FolhaPE

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