Edno Melo assume presidência e rechaça status de herói
Edno Melo e Diógenes Braga comandarão o Executivo em 2018 Foto: Divulgação
"Pagamos um preço alto pelos erros cometidos no passado e agora precisamos resolver isso", disse o mandatário
A partir desta segunda, Edno Melo, que já estava atuando como vice-presidente financeiro, assume de fato o cargo máximo do Executivo do Timbu - ele foi eleito em julho do ano passado. Avesso a rótulos e pregando união entre clube e torcida, Edno concedeu entrevista à Folha de Pernambuco destacando as prioridades alvirrubras no ano.
“Momento mais difícil”O processo de transição ocorreu como planejado. Com a comissão técnica, com a renovação de Roberto Fernandes e jogadores. Eu tenho orgulho de fazer parte desse grupo que se propôs em ajudar o Náutico. Conheço a realidade do clube de perto. Sou gestor e não posso dizer que me surpreendi com a situação atual, mas posso garantir que esse é o momento mais difícil da história.
ReconstruçãoNão precisamos de um salvador da pátria. Não serei herói ou vilão. Pagamos um preço alto pelos erros cometidos no passado e agora precisamos resolver isso. Nesse período de ‘picuinha’, eu acho que o melhor é não cultivar esse tipo de rótulo. Estou todos os dias no clube, dedicando minha energia para construir e não destruir. Mas não farei isso sozinho. A missão de reconstruir o Náutico é de todos os alvirrubros.
Aflitos
Conseguimos uma empresa para viabilizar o restante da obra no estádio. Mas não queremos utilizar os Aflitos apenas em dia de jogo. Precisamos gerar receita ao clube. Temos a intenção para colocar lanchonetes, lojas e outras empresas lá. Também vamos derrubar um muro que fica na rua Manoel de Barros para botar um comércio por lá. Teremos de volta a nossa casa, fazendo um projeto de valorização que jamais foi feito.
TorcedorA torcida precisa entender o tamanho da grandeza do Náutico. Eu peço que eles venham, olhem como está o clube e o que estamos fazendo. No lugar de somente criticar ou ficar olhando as coisas da arquibancada, os torcedores precisam jogar junto com a gente. Ir aos jogos, comprar produtos, participar das campanhas...Não é somente amor que resolve. É preciso dedicação e apoio de todos.
Transparência e austeridadeO mínimo que eu posso fazer como presidente é ser honesto com os alvirrubros. Mostrar o quanto ganhamos e para onde o dinheiro está indo. Eu nunca vi esse tipo de coisa acontecer no Náutico. Essa postura dará credibilidade ao clube. Eu percebo que essa transparência era o que mais os torcedores gostariam de ver. Eles querem um bom time, claro, mas que seja um que você tenha condições de pagar e não ficar devendo para aumentar ainda mais o passivo trabalhista.
Legado maior do que títulosQuero deixar o Náutico bem resolvido financeiramente. Se eu conseguir diminuir parte das dívidas, deixarei um legado. Não é só ganhar títulos, mas também tornar o clube mais organizado em suas contas. Montamos uma equipe de advogados e conseguimos excelentes negociações para quitar débitos antigos. O "monstro" é grande, mas eu já imaginava que seria assim. O importante é adquirir uma relação de confiança e mostrar que podemos pagar.
Metas para 2018Já temos algumas coisas bem encaminhadas. Parcerias que vão nos ajudar financeiramente no próximo ano. Além disso, não desistimos de negociar a permanência do patrocínio da Caixa Econômica Federal. No futebol, a maior meta é o acesso à Série C, mas não podemos esquecer as outras competições. O Nordestão é muito interessante, principalmente financeiramente. No Pernambucano, o Náutico sempre será um postulante ao título.
FolhaPE
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