JUSTIÇA DA BOLÍVIA LIBERA EVO MORALES PARA CONCORRER A QUARTO MANDATO
SE ELEITO NOVAMENTE, MORALES PODE PERMANECER POR 19 ANOS NO PODER (FOTO: JOSÉ LIRAUZE/ABR)
COCALEIRO EVO MORALES VAI DISPUTAR AGORA O QUARTO MANDATO
Apesar de mais da metade dos bolivianos ter rejeitado em fevereiro do ano passado uma modificação constitucional que eliminava os limites que uma pessoa pode se candidatar a um cargo, os "magistrados" acolheram ação de inconstitucionalidade do Movimento ao Socialismo (MAS), partido governista, cujo argumento era que os limites legais de reeleição e de mandatos violam o sufrágio universal.
Para embasar a tese, recorreram à Constituição, que prevê cassação de direitos políticos em caso de sedição armada, desvio de dinheiro público ou traição à pátria, e à Convenção Interamericana de Direitos Humanos.
Evo Morales assumiu pela primeira vez em 2006, mas no ano seguinte convocou uma Constituinte, e, na nova Constituição, estipulou-se que seria possível só uma reeleição consecutiva. Nas primeiras votações sob a lei nova, em 2009, ele foi eleito.
A Justiça, porém, reinterpretou a lei de modo a considerar como válidos para a regra apenas os mandatos obtidos após a nova Constituição, de modo que Morales estaria no primeiro. Com isso, pôde se candidatar de novo em 2014 e venceu outra vez.
Nesta quarta-feira, 29, Evo Morales, chamou seu eventual quarto mandato de "continuidade democrática". A decisão garante ainda “a dignidade e o trabalho pela igualdade com nossa identidade do povo boliviano", disse Morales em uma declaração à imprensa.
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