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domingo, 29 de outubro de 2017

NÁUTICO - FALTA DE PAGAMENTO

Presidente confirma que mudança no treino foi motivada por não pagamento dos salários

Elenco alvirrubro não treinou na manhã desta sexta-feira por estar com atraso salarial de 16 dias

Ivan Rocha revelou que conseguiu desbloqueio de parte da cota de televisão na Justiça nesta sexta-feira e com isso deve deixar folha em dia


A mudança na programação de treinos do Náutico na manhã desta sexta-feira, que se resumiu a um trabalho na academia do centro de treinamento, realmente teve como motivação a questão financeira dos atletas. A confirmação veio do próprio presidente alvirrubro, Ivan Pinto da Rocha, que assumiu o clube após o pedido de licença do antecessor, Gustavo Ventura, na última quarta-feira. Em entrevista a reportagem do Superesportes, o novo mandatário timbu revelou que os jogadores se chatearam pelo não cumprimento da promessa de pagamentos dos salários de setembro, em aberto desde o dia 10, também na quarta-feira. Mas explicou que a situação será normalizada na próxima semana.

De acordo com Ivan Rocha, o não pagamento dos salários na quarta-feira se deu por conta de um bloqueio na Justiça do Trabalho de uma receita oriunda da cota de televisionamento do Náutico. Após explicar a situação aos atletas na manhã desta sexta, o dirigente conseguiu a liberação da maior parte dessa verba no início da tarde e tentará o desbloqueio do restante na próxima semana. 

"Tínhamos uma parcela da Globo retida e que por entendimento do juiz não foi liberada na quarta-feira por falta de algumas documentações. Mas hoje conseguimos liberar a maior parte. Pela manhã fui explicar isso aos atletas, que de fato estavam chateados. Vamos tentar desbloquear o restante na semana que vem e contornar essa situação. Estamos com apenas 16 dias de atraso. Os atletas voltam a trabalhar normalmente neste sábado", pontuou o mandatário.

Durante todo o ano o Náutico conviveu com problemas financeiros, o que inclusive obrigou o clube a fazer uma readequação dos salários dos jogadores para a disputa da Série B. Assim, após a saída de quase todo o grupo que disputou o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste e a contratação de um novo elenco, a folha do futebol profissional foi reduzida da casa do R$ 1 milhão para pouco mais de R$ 400 mil.

Diario de Pernambuco

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