Presidente nega divisão no Sport e reforça 'carta branca' para Vanderlei Luxemburgo
"Em momento algum passa a hipótese de troca. O treinador do Sport é Luxemburgo", disse Arnaldo
Após reunião Arnaldo Barros assegurou cargo do treinador, amenizou cobranças do e afirmou que grupo tem condições de relançar à Libertadores
A fim de aparar arestas devido à goleada sofrida para o Grêmio, o presidente do Sport, Arnaldo Barros, convocou uma coletiva de imprensa na reapresentação desta segunda-feira após ter se reunido com o membros da comissão técnica e elenco. Na entrevista, garantiu que a conversa foi em tom de cobrança, mas negou que haja divisão no grupo rubro-negro. O mandatário reforçou que o técnico Vanderlei Luxemburgo está seguro no cargo, amenizando as duras palavras que o comandante direcionou aos atletas. Barros disse que Luxa tem "carta branca" para fazer as modificações que ache necessárias.
Mesmo com o Sport sem ganhar há cinco jogos, Arnaldo garante que a saída de Luxa está descartada, algo já sinalizado pelo executivo de futebol Alexandre Faria, ausente na coletiva desta tarde. "Em momento algum, passou ou passa pela minha cabeça a hipótese de troca de comando. O treinador do Sport é Vanderlei Luxemburgo", enfatizou. Além de prestigiá-lo, o presidente endossou que o técnico tem total abertura para comandar os vestiários. Luxa, destaque-se, já havia sinalizado que poderia afastar da equipe titular atletas que não estariam comprometidos.
"Não é que o Vanderlei Luxemburgo esteja com carta branca a partir de agora para sacar, modificar. Ele sempre teve. Desde que assumimos a presidência, já antes, um dos nossos postulados é o profissionalismo. Profissionalismo não é só contratar profissionais. É respeitá-los na sua área de atuação", falou Arnaldo Barros.
Barros ainda amenizou as declarações do próprio Luxemburgo depois do 5 a 0 em Porto Alegre, nas quais colocou em xeque o interesse de alguns jogadores. Negou ainda um "racha" no Sport. "Na verdade, nós não detectamos essa divisão. Existe uma cobrança dura, necessária, natural e oportuna. O elenco também assim encara. Por serem profissionais dignos, de caráter, todos eles se sentem a cobrança. Não poderia ser diferente. Evidentemente, eles se doem com cobrança tão severa. Insisto que cobrança se fez necessária para momento que elenco está passado, mas não ultrapassa limite profissional entre o técnico e os comandados. Existe insatisfação. Não imaginemos que no elenco do Sport só existam freiras. Aliás, não tem nenhuma. É um elenco formado por profissionais orgulhosos, de personalidades fortes", pontuou.
O puxão de orelha do jogo de sábado se estendeu nesta segunda-feira. O presidente expôs um teor denso de reunião nesta segunda-feira, porém afirmou que este mesmo grupo tem condição de devolver o Sport à zona de classificação da Libertadores na Série A. "Estivemos reunidos com o elenco e comissão para tratar do momento atual, que é delicado, difícil e exige algumas medidas, esclarecimentos, reclamações, ponderação. Tivemos uma conversa franca, necessária, todas visando eventuais equívocos e excessos para voltar a figurar na zona da Libertadores. Esse mesmo grupo de atletas, mesma comissão e diretoria, têm condição de chegar."
Pixações e áudio vazado
Arnaldo Barros contemporizou as pixações feitas na Ilha do Retiro em protesto aos últimos resutados. Entendeu-as como "legítimas", embora lamentasse o fato de um património do clube ter sido danificado para isso e de as reclamções terem sido individualizadas no meia Diego Souza. "A gente não concorda é que não se deve atingir o patrimônio do clube. Sobre a reclamação, não tenho nada a contestar. Acho só que cada um de nós tem uma parcela na hora do sucesso e do insucesso." Já em relação ao áudio vazado de Luxemburgo, em que dá uma dura nos atletas no vestiário depois do 5 a 0, o presidente lamentou.
"Nos preocupou e incomodou. Não pelo conteúdo do áudio, que não tem nada demais. Tem comandante cobrando na liguagem usual daquela área de trabalho. Preocupa porque reflete que alguém do grupo, eu não posso acusar ninguém, entendeu que o grupo por si não é capaz de resolver os seus problemas e que divulgando para fora pudesse vir alguém para intervir e resolver os problemas."
Diario de Pernambuco
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