Assassino do casal Richthofen no regime aberto
Cristian Cravinhos (esquerda), condenado porparticipar do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, em 2002, deixou a cadeia na tarde desta quarta-feira (23) após a Justiça de São Paulo conceder progressão de pena para o regime aberto.
Condenado a mais de 38 anos de prisão, ele deixou a penitenciária do Tremembé, no interior paulista, por volta das 16h, após decisão da juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. Ele já tinha tido o regime semiaberto concedido em 2013.
Daniel Cravinhos, irmão de Cristian, e a Suzane von Richtofen, filha das vítimas, também foram condenados pelo crime e cumprem pena no regime semiaberto. Os dois já pediram mudança para o regime aberto, mas ainda não tiveram o direito concedido pela Justiça.
Cristian tinha 26 anos quando foi denunciado por duplo homicídio qualificado e roubo qualificado, logo após o crime. Na época, a acusação afirmou que os dois irmãos agrediram o casal com barras de ferro e Cristian sufocou Marísia com um saco plástico.
Joias e o dinheiro também foram roubados pelos irmãos da cena do crime. As joias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian na época em Mairinque, também no interior de SP.
Na decisão desta quarta, a juíza aponta que Cristian "não cometeu falta disciplinar recentemente e vem demonstrando bom comportamento carcerário no regime semiaberto, apresentando atualmente situação processual definida, além de contar com bom desempenho nas atividades laborterápicas".
Laudos psiquiátrico, psicológico e social de Cristian foram favoráveis ao regime aberto. "O reeducando não apresenta indícios de que voltará a delinquir e nem tampouco características de periculosidade ou personalidade agressiva", destaca a juíza.
Com a saída do presídio, Cristian deverá obter um ocupação no prazo de 60 dias, comparecer a cada três meses à vara de execuções criminais, não mudar de residência ou cidade sem avisar previamente a Justiça, permanecer em casa das 20h às 6h e não frequentar bares e casas de jogos.
A reportagem tentou contato por telefone com a advogada de Cristian, mas ainda não teve resposta.
Folha de S.Paulo
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