Estatuto do Náutico não prevê antecipação de posse do presidente eleito Edno Melo
Edno Melo só poderá assumir o mandato a partir de 2018, de acordo com o Estatuto alvirrubro
De acordo com o documento, presidente do conselho deliberativo, Gustavo Ventura, é quem deve conduzir clube até o final do ano
Diante das interrogações sobre o futuro do Náutico após a renúncia do presidente Ivan Brondi e de todos os diretores da gestão, a única certeza quanto aos próximos dias alvirrubros é que o atual presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Ventura, irá assumir o poder executivo do clube até o final do ano. Pelo menos é o que preza o estatuto do clube. Com isso, pelo menos de acordo com a "carta magna alvirrubra", uma antecipação da posse de Edno Melo e Diógenes Braga, como presidente e vice eleitos, não será possível.
De acordo com o artigo 38 do Estatuto do Náutico, caso haja uma renúncia nos cargos de presidente e vice-presidente da diretoria executiva, restando ainda seis meses para o término do mandato, o presidente do Conselho Deliberativo convocará uma nova eleição. O que não se aplica a atual situação, já que o pleito já ocorreu e restam apenas três meses para o fim do biênio 2016/2017. Com isso, é obrigatório ao presidente do Conselho, no caso Gustavo Ventura, completar o mandato.
Sendo assim, uma antecipação da posse dos futuros mandatários timbus só aconteceria caso seja convocada uma reunião extraodrinária do Conselho Deliberativo para tratar do assunto e caso a proposta seja aprovada pelos conselheiros também de forma extraordinária, já que o estatuto é omisso quanto a essa possibilidade.
Além disso, com Gustavo Ventura assumindo a presidência executiva, a tendência é que o seu vice, Ivan Pinto da Rocha, passe a comandar o Conselho Deliberativo, já que o estatuto também não prevê acumulos de cargos.
Reunião
Sobre os próximos passos da costura política do Náutico, a reunião entre Gustavo Ventura e Edno Melo, que ocorreria na noite desta terça-feira, foi adiada. Um dos motivos é o fato do futuro vice do executivo, Diógenes Braga estar em São Paulo para tratar de assuntos pessoais. O dirigente tentará antecipar sua volta para o Recife nesta quarta-feira.
Um dos assuntos a serem tratados é a composição da diretoria de futebol, já que então vice Emerson Barbosa, além dos diretores Alexandre Homem de Melo e Zeca Cavalcanti colocaram seus cargos à disposição. Na próxima gestão, Diógenes Braga, que nos dois últimos meses passou a integrar o colegiado, será o homem forte da diretoria. Porém, a tendência é que os antigos diretores não sejam chamados para fazer parte da nova composição do futebol do clube.
O estatuto do Náutico
Art. 38 - Ocorrendo vaga dos cargos de presidente e vice-presidente da Diretoria Executiva, uma nova eleição será realizada no prazo máximo de sessenta (60) dias a contar da vaga, na mesma forma disciplinada pelos artigos 40 a 42 deste Estatuto.
§ 1º - A disposição contida neste artigo deixará de ser observada se a vaga ocorrer no período de cento e oitenta (180) dias imediatamente anterior ao término do mandato.
§ 2º - O presidente do Conselho Deliberativo assumirá a Presidência do Clube até a eleição e posse dos novos eleitos.
§ 3º - Na impossibilidade ou na recusa do presidente do Conselho Deliberativo, serão chamados na ordem o vice-presidente do Conselho Deliberativo e sucessivamente o conselheiro com a inscrição mais antiga no quadro social.
Diario de Pernambuco
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