NÁUTICO - DE VOLTA PRA CASA

Roberto Fernandes diz que chega ao Náutico na situação mais delicada e projeta reação

"Uma coisa que teve sempre em comum foi essa questão de assumir em um momento bem difícil", disse

Sem voo, treinador vem ao Recife de carro para iniciar planos sobre o time

Roberto Fernandes chega ao comando do Náutico pela quarta vez. Em todas as passagens, deparou-se com um cenário adverso. Tinha que lutar contra um retrospecto ruim. Nada, contudo, compara-se a situação que terá pela frente. O treinador, anunciado na tarde desta terça-feira, assume o clube com a missão de fazer uma campanha nunca realizada na Série B de pontos corridos para se livrar da zona de rebaixamento. O próprio comandante reconhece a dura tarefa.

“Acredito que, sem dúvida, essa é a situação mais delicada. É um percentual de aproveitamento muito baixo, onde vamos ter muito pouca opção de fazer modificações em termos de elenco. Eu venho acompanhando a equipe e acredito que temos peças que podem começar a ter um rendimento diferente e, consequentemente, poder buscar uma recuperação dentro da competição”, disse, em entrevista ao repórter Leonardo Boris, da Rádio Jornal.

“De todas as minhas passagens, uma coisa que teve sempre em comum foi essa questão de assumir em um momento bem difícil. Foi assim em 2007 (time estava praticamente rebaixado na Série A e se livrou). A situação era bem parecida com a desse ano. Foi assim em 2008. Na verdade, nós iniciamos o Campeonato Brasileiro e depois eu sai para o Atlético (Paranaense). Naquela ocasião, o Náutico liderava o Campeonato Brasileiro pela primeira vez. Na hora que retorno, mais uma vez, ele estava na zona de rebaixamento. Na terceira passagem, eu retorno na equipe na Série B. Ela não estava na zona de rebaixamento, mas vinha de uma sequência ruim de resultados”, lembrou.

Projetando uma possível saída zona de rebaixamento, Roberto Fernandes acredita que o Náutico deve comemorar o feito como um verdadeiro acesso. Afinal, na 17ª rodada, o time alvirrubro soma apenas oito pontos e está a 12 do primeiro clube fora do descenso.

“É para considerar como um acesso. Não diria como um título porque nós não vamos dar volta olímpica. A realidade é, dentro de parte da própria torcida e do futebol nacional, é que o Náutico já está na Série C de 2018. Se nós formos nos apegar a números, percentual de aproveitamento, a chance de recuperação, a realidade é muito mais negativa do que positiva. Uma recuperação, sem dúvida, tem que ser comemorada.”
Volta de carro ao Recife
Logo após acertar acordo com o Náutico, Roberto Fernandes tentou embarcar para Goiânia onde o Alvirrubro enfrenta o Vila Nova, nesta terça-feira. Não houve voo. Com isso o treinador está retornando ao Recife de carro.

“Estou indo de carro de Aracaju para Recife. A malha aérea de Aracaju é muito complicada assim como a de Goiânia. Havia dificuldade de voos para que se chegasse a tempo de acompanhar o jogo.”

Diario de Pernambuco