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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

BAIXARIA EM BRASÍLIA

"Não sou sua nega!". Tempo esquentou no Congresso


Uma troca de ofensas entre deputados e senadores suspendeu a sessão do Congresso por alguns minutos nesta terça-feira (29).
Deputados invadiram a Mesa Diretora do Congresso e um cordão de policiais legislativos isolou o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE). O tumulto gerou ainda troca de empurrões entre deputados e policiais.
A confusão teve início quando o senador João Alberto (PMDB-MA), que presidia a sessão na ausência de Eunício, não concedeu a palavra a Weverton Rocha (MA), líder do PDT na Câmara.
Weverton, que é adversário político de João Alberto no Maranhão, havia pedido tempo para orientar a bancada de seu partido na votação de vetos presidenciais.
O gesto do senador gerou irritação nos deputados, que começaram a gritar no plenário: "respeita o deputado, senador".
ARREMESSO DE LIVRO
Outros presentes pediram que o regimento da Casa fosse respeitado. Weverton chegou a lançar um exemplar do livro na Mesa Diretora.
Eunício, presidente do Congresso, voltou ao posto e reagiu aos gritos de parlamentares da oposição, que apontavam o dedo indicador em direção ao comando da Casa. "Baixa os dedos. Não sou nega sua", disse o peemedebista, que logo em seguida encerrou a sessão.
Ao reabrir os trabalhos, Eunício classificou o episódio como "gratuito e desnecessário". E disse que vai entrar com representação contra Weverton Rocha no Conselho de Ética.
O Congresso realiza desde o fim da manhã uma sessão para apreciar vetos presidenciais. O governo pretende esvaziar a pauta para que deputados e senadores possam votar ainda nesta semana a nova meta fiscal, de deficit de R$ 159 bilhões.
O Palácio do Planalto pretende atualizar o deficit fiscal no projeto de lei orçamentária para 2018, que tem de ser enviado ao Congresso até quinta-feira (31). 

Folha de S.Paulo - Talita Fernandes e Daniel Carvalho

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