RENAN BANCA O OPOSICIONISTA, MAS MANTÉM AFILHADOS NO GOVERNO TEMER
TEMER SUSTENTA REDE POLÍTICA DE RIVAL (FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR)
ELE AGE COMO OPOSIÇÃO, MAS NÃO ENTREGA OS CARGOS QUE INDICOU
O fato é que Renan volta a navegar por mais uma turbulenta crise com um pé em cada canoa, porque não se sustenta politicamente sem o fisiologismo sobre o qual ergueu sua carreira política, hoje decadente. Mesmo antecipando a campanha de 2018, Renan não tem condições de se reeleger, no atual cenário em que é réu acusado de crime de peculato e multinvestigado pela Operação Lava jato, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre outras indicações que mantém, via parlamentares e aliados, Renan também não entregou os cargos do superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas (Conab), Elizeu José Rêgo. E ainda divide com o deputado federal Paulão (PT-AL), a indicação do gerente executivo do INSS, Edgar Barros dos Santos, e do diretor-presidente da Eletrobras Alagoas, Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti; este último um técnico e funcionário de carreira, que obteve o aval de Renan para permanecer no cargo.
Renan parece apostar que Temer não terá força para permanecer no cargo a tempo de reagir contra seu jogo duplo. Mas talvez fosse mais convincente, quanto o perfil ético que tenta passar em sua retórica, se abrisse mão da estrutura política dos cargos que ainda lhe foram concedidos pelo presidente a quem critica. Porque o trabalhador que ele diz defender pode não compreender a mensagem, se o senador não iniciar a reforma de seu próprio posicionamento político.
O Diário do Poder perguntou à assessoria de imprensa de Renan sobre a entrega dos cargos, mas a resposta foi de que o senador não foi localizado.
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