EDUARDO CUNHA DIZ A SÉRGIO MORO QUE TEM ANEURISMA 'COMO DONA MARISA'
PEEMEDEBISTA É INTERROGADO PELO JUIZ DA LAVA JATO PELA PRIMEIRA VEZ E, APÓS TRÊS HORAS DE AUDIÊNCIA, LÊ CARTA DE PRÓPRIO PUNHO NA QUAL RELATA A DOENÇA E FALTA DE TRATAMENTO ADEQUADO NA CADEIA (FOTO: PAULO LISBOA/BRAZIL PHOTO PRESS)
DEFESA PROTOCOLOU UM PEDIDO DE LIBERDADE PARA PODER SE TRATAR
Ao final da audiência, a defesa de Cunha protocolou um pedido de liberdade, que será analisado por Moro.
Oficialmente, Cunha não deu qualquer sinal à Polícia Federal e Ministério Público Federal de que quer colaborar com as investigações. Mas logo após ser preso, contratou o criminalista Marlus Arns, de Curitiba, responsável por algumas das delações da operação.
O político tem acompanhado pessoalmente todas as audiências do processo. Em ocasiões anteriores, sentou ao lado do seu advogado, fez anotações e cochichou instruções e comentários aos defensores, durante os depoimentos de testemunhas.
Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado teria recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas no exterior - a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.
Cunha nega irregularidades e diz que as contas pertencem a trusts (instrumento jurídico usado para administração de bens e recursos no exterior), e foram abastecidas com recursos lícitos.
Diario do Poder
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