Náutico não aceita mudanças da FPF e tentará retorno de jogo para a Ilha do Retiro
Diretoria alvirrubra se reuniu na noite desta segunda-feira e decidiu que não aceitará alteração imposta
Diretoria alvirrubra quer manutenção da partida contra o Central no Recife ou, caso o jogo permaneça em Caruaru, que aconteça com divisão de torcidas
Primeiramente marcado para acontecer no campo do Central, o Luiz Lacerda, a partida foi transferida para a Ilha do Retiro pelas más condições oferecidas pelo gramado caruaruense. No entanto, a medida gerou polêmica e queixas da diretoria alvinegra. Sendo assim, a FPF fez o jogo voltar para o Agreste, só que desta vez no estádio do Porto. Com um agravante: a Polícia Militar local informou que não há efetivo para garantir a segurança de duas torcidas. A Federação, portanto, limitou a presença apenas de torcedores da Patativa no jogo, tornando as queixas alvirrubras redobradas.
Com problemas de logística pela alteração imposta de última hora, a diretoria do Náutico já se apresentou reticente pela mudança. "A gente se reuniu ontem à noite quando soubemos da alteração. Ficamos insatisfeitos primeiro pelas mudanças e depois por ser um jogo de torcida única. Reservamos hotel em Caruaru, depois cancelamos e agora temos que rever a logística novamente. Por isso, vamos tentar uma liminar para reverter isso", afirmou o advogado do Náutico, Bernardo Wanderley.
A intenção de Bernardo é fazer valer o Estatuto do Torcedor, o qual diz que "é dever da entidade responsável pela organização da competição: I - confirmar, com até quarenta e oito horas de antecedência, o horário e o local da realização das partidas em que a definição das equipes dependa de resultado anterior" (artigo 16).
"O Náutico recebeu a notificação da Federação às 21h30, sendo que o jogo é às 20h30. Portanto, a menos de 48 horas da partida", ressaltou Bernardo. "Evandro (Carvalho, presidente da FPF) deu uma declaração infeliz ao dizer que não era necessário perguntar ao clube sobre a mudança. Ele tem que respeitar o regulamento (de competições da CBF) que pede dez dias de antecedência para alteração da tabela. Além disso, ele não apresentou nenhum requerimento da PM em que pede que haja torcida única. Apenas jogou ao vento a essa informação", acrescentou.
Segundo o regulamento de competição da CBF, uma mudança na tabela, de fato, precisa que ser aprovada pelo clube, pela federação e pela emissora detentora dos direitos de televisão sob um prazo de dez dias de antecedência - prazo já expirado. Por outro lado, Evandro Carvalho justificou ainda na noite da segunda-feira, que "quando há um motivo de força maior, como este caso, (o jogo) pode ser mudado até na véspera".
Diario de Pernambuco
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