Lobby impede abertura de CPI da Taurus na Câmara
Armas da Taurus apresentam problemas que podem levar à morte; monopólio impede a importação
Legislação garante monopólio da empresa em compras feitas por forças de segurança pública; armas apresentam problemas que já causaram mortes
O que vale mais? A legislação ultrapassada que assegura a soberania de uma fabricante nacional de armas ou a integridade dos agentes públicos que garantem a segurança do nosso País? Certamente o cidadão de bem responderá que é mais importante fornecer equipamentos de boa qualidade para que as polícias e as Forças Armadas brasileiras desempenhem suas atividades da melhor maneira possível. Entretanto um lobby inescrupuloso praticado por pessoas de índole duvidosa faz com que prevaleça o monopólio da obsoleta indústria armamentista no Brasil.
Conforme a legislação vigente, as polícias e as Forças Armadas brasileiras devem utilizar somente armamentos fabricados no Brasil. Ou seja, a única empresa privada que pode fornecer armas em território nacional é a Taurus, cujos equipamentos produzidos são conhecidos por falhas que já causaram a morte acidental de diversas pessoas. A situação é grave e requer medidas extremas, mas um poderoso lobby em Brasília faz a omissão falar mais alto.
Em setembro do ano passado, o deputado Major Olímpio (SD-SP) apresentou à Mesa Diretora da Câmara um pedido para que fosse aberta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com objetivo de “investigar denúncias de irregularidades na fabricação e no comércio de armas de fogo destinadas aos profissionais de segurança pública no Brasil, que foram vitimados ou causaram lesões em terceiros devido a falhas graves nesses armamentos” fabricados pela Taurus.
Do Ig São Paulo
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