DELEGADO DA PF É MORTO A FACADAS PELO PRÓPRIO NETO EM ALAGOAS
DELEGADO APOSENTADO MORREU NO MESMO DIA EM QUE A SSP ANUNCIOU TER CONCLUÍDO O INQUÉRITO SOBRE MORTE DE SUA FILHA (FOTO: FACEBOOK)
NETO MATOU MILTON OMENA FARIAS E CRÊ QUE AVÔ MATOU SUA MÃE
JOVEM DIZ TER VINGADO MORTE DA MÃE (RAFAEL MAYNART/FACEBOOK
De acordo com a polícia o autor do crime disse ter matado o delegado federal aposentado após discussão, motivada pela crença do neto de que o avô assassinou sua mãe, Márcia Rodrigues. Apesar de nunca ter sido tratado publicamente como suspeito, Milton Omena Farias era tratado pelo neto como principal suspeito de matar a própria filha, porque saiu de sua arma o disparo que a matou. O jovem alegou legítima defesa.
Márcia foi encontrada morta em 14 de agosto do ano passado, na casa do delegado, com a arma do pai ao lado de seu corpo.
Milton Omena Farias Neto foi preso em flagrante e confessou ter matado o avô. O portal Gazetaweb conversou com o major Paulo Eugênio, que prendeu o jovem no local do crime e afirmou ter ouvido do neto do delegado que ele foi até a casa do avô e o matou após uma discussão.
“Ao que parece, ele tomou as dores pela morte da mãe e veio até aqui tirar satisfação. Esta é a situação inicial”, disse o major, à Gazetaweb.
SILÊNCIO DESINFORMA
No início da mesma tarde em que o delegado foi assassinado, a assessoria de imprensa da SSP adiou para a próxima terça-feira (31) a coletiva sobre a morte de Márcia Rodrigues, convocada para as 16h desta sexta. A informação oficial foi de que houve “imprevistos” com um dos delegados do caso.
Apesar da grande repercussão da morte do delegado suspeito, a SSP decidiu manter a sociedade sem informações sobre a morte de sua filha, mesmo já tendo sido concluído o inquérito, que também apurava a hipótese de suicídio de Márcia.
A assessoria de imprensa da SSP afirmou que o adiamento da coletiva sobre o caso Márcia Rodrigues não tem qualquer relação com o crime envolvendo o pai e o filho da vítima. E o delegado de Paripueira, Tarcísio Vitorino, disse que o delegado federal não tinha nenhuma relação com a morte da filha.
A decisão pelo silêncio sobre o inquérito, um documento público e anunciado como concluído por fonte oficial, é mais um exemplo do nível de compromisso que a gestão do coronel Lima Júnior à frente da SSP tem com a transparência das informações de interesse público.
O crime desta tarde pode ter tomado como exemplo do risco da desinformação para a sociedade. Afinal, se o delegado foi inocentado pelo inquérito que durou cinco meses para ser concluído, a arma que levou Alagoas a ter mais um morto nas estatísticas e mais um assassino no sistema prisional foi a desinformação sobre tal desfecho, promovida e mantida pelo Estado, até este momento.
Diario do Poder
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