R$ 1,5 milhão com passagem aérea
Os deputados federais eleitos por Pernambuco acumulam horas de voo que dão inveja a muito piloto de avião. De janeiro a outubro, suas excelências gastaram R$ 1.501.014,94 com a “emissão de bilhete aéreo”. Tudo ressarcido por meio da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), o chamado cotão.
Durante o período, o deputado Marinaldo Rosendo (PSB) foi o campeão em gasto com passagem aérea. Sozinho, ele pediu o reembolso de R$ 162.510,40. Rosendo é seguido por Eduardo da Fonte (PP), que gastou R$ 85.985,54. Na terceira posição, Carlos Cadoca (PDT) reembolsou R$ 78.729,36.
Os dados são do Portal da Transparência da Câmara. Por meio do cotão, o parlamentar compra o bilhete e pede o ressarcimento mediante apresentação de nota fiscal. Já os senadores Humberto Costa (PT), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Armando Monteiro (PTB) gastaram R$ 218.181,32 com passagem.
Os gastos mostram falta de economia da Câmara, justamente no momento em que o Ministério Público denuncia 443 ex-deputados federais que tiveram o nome envolvido no escândalo conhecido como a "farra das passagens aéreas".
O caso veio à tona em 2009, quando foi revelado, pelo "Congresso em Foco", que parlamentares usavam suas verbas de passagem aérea para custear viagens particulares no Brasil e no exterior - deles, de parentes e de outras pessoas.
Relatório do Tribunal de Contas da União afirmou, na ocasião, "ser flagrante que o uso de passagens aéreas para viagens de férias com a família e turismo internacional, como nos casos reportados pela imprensa, caracteriza afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade."
Apesar de não haver relação dos gastos atuais com o escândalo da farra das passagens, os parlamentares poderiam aproveitar a discussão sobre o limite de gastos públicos para cortar na própria carne, ou melhor, na própria passagem.
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