NÁUTICO - PLANEJANDO 2017

Ainda em clima de ressaca, Náutico dá início ao planejamento para a próxima temporada

Renovação de Givanildo Oliveira ainda não foi discutida e expectativa é que conversa aconteça esta semana

Diretoria inicia nesta segunda-feira série de reuniões para definir o futuro do clube

O clima ainda é de ressaca, mas, sem outra alternativa, o Náutico começa a pensar em 2017. A previsão da direção é de um ano mais complicado que 2016, com maior dificuldade na principal competição da temporada, o Brasileiro da Série B. As reuniões para traçar o futuro do clube começam nesta segunda-feira. Entre os assuntos a serem discutidos, a renovação do elenco, que tende a ser grande, e a permanência ou não do técnico Givanildo Oliveira no comando do time.

O elenco é ponto chave no planejamento da diretoria para 2017. A maneira como o fracasso na busca pelo acesso aconteceu deixou a direção bastante insatisfeita com os jogadores. A atuação apática na derrota para o Oeste, que decidiu o futuro do time, foi o estopim. Uma grande mudança está por vir. “Não vai ser chute no balde porque não podemos começar 2017 do zero. Mas muita coisa vai acontecer”, garantiu o diretor de futebol Eduardo Henriques. “Não tenho dúvidas de que a responsabilidade é 100% do elenco. A estrutura foi dada. Este ano, não faltou nada. O que faltou foi deles dentro de campo”, criticou.

A situação do técnico Givanildo Oliveira segue em aberto, já que, até o momento, não havia nenhuma conversa sobre o futuro dele no Náutico. Esse encontro vai acontecer durante esta semana. A diretoria adianta apenas que quer ouvir o pensamento do treinador e que não há uma posição definida sobre permanecer com ele ou ir em busca de um novo nome. “Não conversamos nada até porque não é do perfil dele. Mas vamos avaliar e agora não tem como adiantar. Precisamos saber, inclusive, se ele tem o interesse”, explicou Eduardo Henriques, que citou, também, o custo do técnico. “É um custo relativamente alto, então precisamos sentar para conversar”.

Dificuldades
A previsão da diretoria é de uma temporada ainda mais difícil do que foi 2016, com uma Série B mais forte. A expectativa é de que boas campanhas no Pernambucano e na Copa do Nordeste, competição que o Náutico volta a disputar, possam apagar a decepção pelo acesso, já no primeiro semestre do ano. “Vamos fazer de tudo para ganhar as duas competições ou pelo menos uma delas (se refere ao Estadual e à Copa do Nordeste). A Série B vai ser bem mais difícil, precisaremos ter um índice de acerto maior. Vamos sentar durante a semana para fazer os ajustes e colocar em prática. O trabalho continua”, afirmou Eduardo Henriques.

O dado positivo deste fim de temporada é que a direção garante estar com os salários de funcionários e elenco em dia, não levando dívidas para 2017, o que não acontecia há bastante tempo no Náutico. “É nossa obrigação pagar em dia e estamos cumprindo isso. O melhor é que conseguimos recuperar a fama de bom pagador do Náutico no mercado. Hoje, as conversas com empresários, jogadores e clubes já é outra”, comentou Eduardo Henriques.


Diario de Pernambuco