Galo falha muito, perde para Grêmio e precisa de 'milagre' para ser bi da Copa do Brasil
Pedro Rocha foi o grande personagem do jogo ao marcar dois gols e, depois, ao ser expulso
Derrota por 3 a 1 no Mineirão obriga Atlético a golear o time gaúcho no Sul
Tinha tudo para ser uma noite alvinegra no Mineirão, com uma multidão em preto e branco apoiando. Mas o Atlético vacilou e pagou com a derrota por 3 a 1 para o Grêmio, nesta quarta-feira, no Mineirão, no primeiro duelo decisivo da Copa do Brasil. O time gaúcho fez 2 a 0, duas vezes com Pedro Rocha, enquanto Gabriel diminuiu. Quando pressionava em busca do empate, o Galo levou uma ducha de água fria. Everton fez o terceiro e deixou os visitantes muito perto do quinto título do torneio e da vaga direta para a Copa Libertadores de 2017.
Para conquistar o bicampeonato, o Galo terá um imenso desafio: dar o troco no adversário na Arena em Porto Alegre, na quarta-feira que vem. E o Atlético precisa de um triunfo milagroso, já que perdeu por diferença considerável no Mineirão. Para erguer a taça pela segunda vez, o time alvinegro terá que vencer por três ou mais gols de frente. Se ganhar por dois, a decisão vai para os pênaltis, já que na final não há mais o critério dos gols fora de casa.
O primeiro duelo da final mostrou um Grêmio com o conhecido espírito guerreiro. Mas também uma equipe muito bem armada pelo técnico Renato Gaúcho. Já o Atlético voltou a falhar muito na marcação, deu espaços e ainda não conseguiu fazer prevalecer a força ofensiva das partidas anteriores. O quarteto Robinho, Lucas Pratto, Maicosuel e Cazares pouco produziu. No fim, o comandante Marcelo Oliveira ainda ouviu xingamentos de parte da torcida.
O jogo
O jogo reservou fortes emoções aos atleticanos que lotaram o Mineirão. O apoio foi incondicional, mas o Grêmio mostrou espírito de decisão. O time gaúcho, bem ao seu estilo, marcou forte e tirou os espaços dos atacantes alvinegros. E soube aproveitar bem as falhas defensivas do Galo para assustar o goleiro Victor. Com Cazares em campo, o Atlético poderia ter mostrado mais ímpeto, só que o equatoriano não começou em boa sintonia com os companheiros.
Bem mais organizado na defesa e aproveitando bem os espaços defensivos do Galo, o Grêmio se sentiu à vontade, criou chances e até pressionou no começo. O Atlético melhorou a partir dos 15min, se soltou um pouco mais, mas na base do entusiasmo da torcida. O time mineiro pecou pela falta de eficiência ofensiva e os vacilos na marcação. E viu o tricolor gaúcho sair na frente, com justiça, aos 29min. Erazo titubeou, Pedro Rocha recebeu na área, driblou Gabriel facilmente e tocou na saída de Victor: 1 a 0.
A torcida deu um voto de confiança e continuou incentivando. E sofreu demais quando Júnior Urso desperdiçou a chance do empate, ao chutar a bola para defesa milagrosa de Marcelo Grohe. Entretanto, do outro lado, Victor mostrou mais uma vez por que é o ‘santo’ alvinegro. Pedro Rocha avançou sozinho pela área e o camisa 1 se atirou para evitar o que seria vantagem maior do tricolor.
Ducha fria no fim
O Atlético tentou mostrar mais voluntariedade no retorno do intervalo. Pratto saiu da área para receber e chutar prensado, assustando Marcelo Grohe. A torcida se inflamou, mas logo veio a frustração. Aos 10min, Pedro Rocha aproveitou cochilo e lentidão dos defensores na marcação, invadiu a área e desviou de Victor: 2 a 0. Era o que o time gaúcho precisava, mais tranquilidade ainda.
Marcelo Oliveira agiu, trocando Cazares – que deixou o campo vaiado – por Clayton. Mas o Grêmio jogava solto, tocando bola e fazendo o Atlético, literalmente, correr atrás. Parte da torcida transmitiu apoio, gritou e empurrou o time alvinegro. Outra começou a cobrar de alguns jogadores como Erazo e Júnior Urso. A esperança foi renovada com a expulsão de Pedro Rocha, que cometeu falta em Clayton e recebeu o segundo cartão amarelo, seguido do vermelho. Foi o suficiente para o famoso ‘Eu acredito’ voltar a ser ecoado no Mineirão.
Com a perda numérica do adversário, Marcelo Oliveira arriscou tudo pela reação. De uma só vez, aos 26, ele trocou Júnior Urso e Maicosuel por Marcos Rocha e Hyuri, respectivamente. A ordem era sufocar o Grêmio, que usou e abusou da malandragem com o goleiro Marcelo Grohe parando o jogo, irritando os alvinegros. O Galo insistiu até diminuir o placar. Aos 39min, Gabriel completou para as redes e inflamou a Massa: 2 a 1.
O Atlético partiu para a pressão final. Mas só mesmo na base do entusiasmo e dos gritos da torcida, que enlouquecera com o gol de Gabriel. Entretanto, qualquer possibilidade de reação veio abaixo com o terceiro do visitante gaúcho. Em contra-ataque pela direita, o zagueiro Geromel cruzou e Everton emendou fora do alcance de Victor, aos 46: 3 a 1. A Massa foi embora triste, enquanto os aventureiros gremistas que vieram ao Mineirão vibraram como se fosse o título antecipado.
ATLÉTICO 1 X 3 GRÊMIO
ATLÉTICOVictor, Carlos César, Gabriel, Erazo e Fábio Santos; Leandro Donizete, Júnior Urso (Marcos Rocha), Cazares (Clayton) e Maicosuel (Hyuri); Robinho e Lucas Pratto
Técnico: Marcelo Oliveira
GRÊMIO
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro, Douglas (Everton) e Pedro Rocha; Luan (Fred)
Técnico: Renato Gaúcho
Motivo: 1ª partida da final da Copa do Brasil
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: quarta-feira, 23 de novembro
Árbitro: Péricles Bassols (FPF)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Nadine Camara Bastos (SC)
GOLS: Pedro Rocha, 29min do 1º T; Pedro Rocha, 10, Gabriel, 39 ,
Cartões amarelos: Gabriel, Hyuri (no banco) (ATL); Edílson, Pedro Rocha, Marcelo Grohe (GRE)
Cartão vermelho: Pedro Rocha
Público: 50.586
Renda: R$ 4.082,175
Diario dePernambuco
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