SENADO PEDE DEVOLUÇÃO DE MALETAS ANTIGRAMPO APREENDIDAS PELA PF
SEGUNDO A PF, O EQUIPAMENTO CONTRAINTELIGÊNCIA GUARDA AS MEMÓRIAS DOS RASTREAMENTOS
SENADO QUER DE VOLTA MALETAS QUE FAZEM VARREDURAS E GRAMPEIAM
Os aparelhos apreendidos foram usados pelos policiais do Senado para fazer varreduras em busca de escutas ambientais nos gabinetes e residências particulares de alguns parlamentares. Segundo a PF, o equipamento guarda as memórias dos rastreamentos. Há a suspeita de que também podem ser usados para instalar grampos telefônicos.
A Operação Métis apurava supostas intervenções de contrainteligência do Senado para barrar as investigações da Operação Lava Jato e foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que ordenou também a suspensão das atividades funcionais dos acusados.
Ontem (27), o ministro do STF Teori Zavascki, determinou a suspensão da Métis e determinou que as maletas antigrampo, que estão em poder da Polícia Federal, fossem remetidas para o seu gabinete. Em sua decisão, Zavascki entendeu que há indícios de que o juiz Oliveira, investigou parlamentares, que têm foro privilegiado e só podem ser investigados com autorização do Supremo.
Ao solicitar a devolução das maletas, o Senado argumentou que a apreensão das mesmas “põe em risco a salvaguarda da atividade legislativa”. A justificativa está em um documento de inteligência elaborado na última terça-feira (25) pela Polícia Legislativa.
De acordo com o relatório, a falta dos equipamentos torna o Senado vulnerável.“A ausência de recursos que ampliem a segurança da informação em um momento de ajuste fiscal, reformas constitucionais e similares, eleva o risco de que informações sensíveis tornem-se acessíveis e gerem riscos sociais, econômicos e políticos”, aponta o documento.
Claudio Humberto
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