NÁUTICO - LÍDER SILENCIOSO

A silenciosa liderança de Marco Antônio

Com menos de um mês no clube, meia vem sendo destaque durante os jogos e assume posto de líder da equipe com pequenas atitudes no dia a dia

Lideranças surgem de vários modos. Alguns assumem o posto de líder com o passar do tempo. Outros comandam por ser exemplo e se destacarem nas suas funções. Porém, influenciar e guiar seus companheiros pode acontecer de outra forma. Com menos de um mês no Náutico, Marco Antônio já pode ser considerado um líder. Não foi necessário tempo ou se destacar muito. No caso do meia, basta dar atenção e utilizar a sua experiência.

Em um elenco bastante jovem, Marco Antônio talvez seja o atleta que mais jogou por diversos clubes. Já teve que lidar com vários treinadores e companheiros. Por isso, sabe como se portar. Basta observar os treinos do Náutico com mais atenção. Após cada lance em que participa, ele fala com algum companheiro. Se está na defesa, orienta a linha de marcação com Rodrigo Souza. Se foi um passe que não deu certo no contra-ataque, ele logo se comunica com Rony para entender o que aconteceu. Até no rachão, Marco fala. Elogia o chute de Leo Pereira que acertou a trave. Ao fim do treino, mais conversa. Parece procurar passar algo que vivenciou. Parece querer melhorar a cada dia o seu rendimento, algo que ele acredita que ainda não está o ideal.

"Gostei do meu rendimento e conversei com o pessoal da preparação física e não sabia o quanto poderia aguentar nesse meio de campo. Avalio positivamente. Acho que pude ajudar e contribuir com o que Givanildo me pediu. Espero melhorar e crescer nessa reta final", comentou.

O ritmo de Marco Antônio é similar ao do Náutico. O talento de Marco Antônio já era conhecido, só não se sabia o que ele ainda daria no Timbu. Assim como o clube, ele provou que ainda há gás no tanque para um arrancada na Série B. Só não existe espaço para acreditar que não é preciso melhorar a cada jogo. Lição que o atleta já passou ao elenco. 

"Acho que temos que continuar o que estamos fazendo. Trabalhando firme, com seriedade e aproveitando o momento. O momento é bom. Tanto de grupo, como de alegria e de confiança. Quando cheguei estava faltando isso. A confiança estava um pouco para baixo e conseguimos um bom rumo. É difícil pontuar o que exatamente ainda falta, mas sei que estamos no caminho certo", analisou.

Se sentindo em casa
Um fator que ajudou muito Marco Antônio a ser referência no grupo não foi apenas a facilidade em tocar a bola e guiar o meio de campo. Se sentir em casa parece ter sido algo muito importante para que o atleta se adaptasse tão rapidamente e assinasse contrato até o fim da próxima temporada. "Ajudou bastante (já conhecer antigos companheiros) e eu sou um cara fácil de lidar. Não demoro muito a me enturmar nas equipes que passei. Mas claro que quando você tem um carinho e um reconhecimento dentro do clube facilita. Abre portas. Foi gostoso voltar e relembrar tudo o que vivemos no passado"


Diario de Pernambuco