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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS 2016 - DESTAQUE PERNAMBUCANO

Olimpíada arretada: Jogos do Rio têm maior delegação pernambucana com Yane em destaque

Yane foi escolhida porta-bandeira em votação popular. Venceu Serginho, do vôlei, e Robert Scheidt, da vela

Sertaneja de Afogados da Ingazeira brilha como porta-bandeira do país nesta sexta


Quando Yane Marques entrar hoje no estádio do Maracanã, bandeira do Brasil à mão, o já famoso orgulho pernambucano vai pedir licença ao país para se “amostrar” ainda mais. Coube à filha de Afogados da Ingazeira a missão de puxar a fila dos atletas brasileiros que desfilarão na abertura da Olimpíada Rio-2016, representando a maior delegação do país em todos os tempos. Pernambuco acompanha o momento histórico. Ao todo, 16 atletas do estado defenderão o Brasil, o dobro de representantes de Pequim-2008, o maior número até então.
Em 2003, quando começou a competir naquele esporte que mal conhecia, “um tal de” pentatlo moderno, Yane Marques não imaginava onde poderia chegar. Quando o Brasil foi escolhido sede dos Jogos Olímpicos, em 2009, ela caminhava para a consolidação na vida esportiva, com a disputa de um Pan-Americano, no Rio, em 2007, e da Olimpíada de Pequim, em 2008. Mas ainda viveria muito mais. Em Londres-2012, surpreendeu os desavisados, que não sabiam sequer que uma brasileira disputava o pentatlo moderno. A medalha de bronze comoveu o país. E fez tudo mudar.
Tanto que Yane Marques foi escolhida porta-bandeira do Brasil em votação popular. Venceu outros dois símbolos esportivos do país, Serginho, do vôlei, e Robert Scheidt, da vela. O reconhecimento que compensa a dedicação, o sofrimento, as privações. “Ser atleta no Brasil não fácil”. Pensamento que que certamente vai passar na cabeça, pelo menos por algum momento, dos atletas brasileiros entrando no Maracanã.
Keila Costa, Érica Sena, Cisiane Dutra, Wagner Domingos, Joanna Maranhão, Etiene Medeiros, Felipe Nascimento, Teliana Pereira, Cláudia Teles, Amanda Araújo, Samira Rocha, Jaqueline, Dani Lins, Bárbara. Até mesmo Stéphane Verhlé-Smith, que aqui nasceu e com seis meses foi embora e nunca teve a oportunidade de voltar. Pernambucanos que também pedem licença para mostrar “a cara e a coragem”. Quanta coragem. Cada um ao seu jeito, no seu esporte.
Dizem que todo atleta é um herói. Ao menos no imaginário do público. Uma representação do perfeito, do que supera os limites. Alguém real que faz coisas irreais. Foi assim que o Barão de Coubertin imaginou o renascimento dos Jogos Olímpicos. Ele acreditava no poder da educação pelo esporte, no qual atleta é o exemplo a ser seguido. Brasil e Pernambuco têm os seus heróis, que, ao fim desta histórica Olimpíada, terão deixado o seu exemplo. Que cada um de nós saiba aprender com eles.



                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Diario de Pernambuco

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