AÉCIO DIZ QUE SENADORES VÃO TRATAR DILMA COM RESPEITO
“NÃO É MOMENTO DE FESTA NEM PARA QUE OS QUE APOIAM O IMPEACHMENT”, DISSE AÉCIO.
DILMA VAI AO PLENÁRIO SE DEFENDER NO PROCESSO DE IMPEACHMENT
Aécio disse que caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, não permitir que a petista se exceda nas respostas dadas aos senadores, uma vez que não há limite de tempo para sua fala depois dos questionamentos. A medida tem como objetivo não cercear a liberdade da ré.
“Não é momento de festa nem para que os que apoiam o impeachment”, disse Aécio. “Nós sabemos que um processo como esse deixa traumas não apenas no Congresso, mas na sociedade”, completou.
O senador reiterou que os colegas vão tratar a presidente com “absoluto respeito”, como juízes. Ele disse não haver preocupação a respeito da presença dos convidados de Dilma na galeria do Senado para acompanhar seu pronunciamento.
Ao ser questionado sobre a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do cantor Chico Buarque entre os convidados da petista, Aécio disse que a lista de convidados dos parlamentares favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma também vai ser “significativa”.
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que as questões serão objetivas e que os senadores da base aliada não vão cair em provocações. O líder do DEM no Senado protagonizou, por dois dias seguidos, brigas e discussões com os senadores petistas no plenário. “Ela que vai dar o tom”, afirmou Caiado.
Também participam da reunião o líder do governo Aloysio Nunes (PSDB-SP), o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), os tucanos José Aníbal (SP), Tasso Jereissati (CE) e o peemedebista Waldemir Moka (MS).
O senador Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que o objetivo é não transformar Dilma em “vítima”. “A ordem é não correr o risco de mudar o resultado do jogo que já está jogado”, disse.
Segundo ele, muitos dos senadores poderão abrir mão de fazer perguntas se perceberem que isso poderá favorecer a petista. Até o momento, 47 parlamentares se inscreveram para questionar Dilma. “Só resta a ela a vitimologia, porque argumentos ela já não tem”, disse.
(AE)
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