Santa Cruz não consegue mostrar poder de reação durante os jogos na Série A do Brasileiro
Contra o Coritiba, no último sábado, Santa Cruz amargou a quinta derrota em novo jogos no Arruda
Quando sai atrás do placar, Tricolor é incapaz de pontuar; última vitória de virada foi ainda na semifinal do Campeonato Pernambucano, contra o Náutico
A última vez que a equipe coral correu atrás do placar foi na final do Nordestão, ao sair na desvantagem contra o Campinense, em Campina Grande, e buscar um empate em 1 a 1 que lhe garantiu o título inédito do torneio, em 1º de maio. Já a última vez que virou um jogo foi ainda na segunda semifinal do Pernambucano, diante do Náutico, na Arena de Pernambuco - em 24 de abril. Há três meses. Na ocasião, o Timbu balançou as redes primeiro, aos 33 minutos do primeiro tempo, com Ronaldo Alves. O Santa fez dois gols na etapa final: aos dois e aos 47 - com Grafite e Lelê, respectivamente. Desde então os comandados do técnico Milton Mendes disputaram 23 partidas - entre Copa do Nordeste (2), Estadual (2), Copa do Brasil (3) e Série A (16). Tiveram dez derrotas, cinco empates e oito vitórias. Triunfos, por sinal, sempre saindo na frente no placar.
Foi no Brasileirão, entretanto, que essa “letargia” nos jogos se evidenciou. Nas nove derrotas, sempre sofreu o primeiro gol ainda no primeiro tempo. Ou seja, teve um pedaço da etapa inicial e sempre toda a parte final da partida pela frente para tentar reagir. Porém, o máximo que o Tricolor conseguiu fazer foi diminuir uma desvantagem de dois gols para o Botafogo, em Juiz de Fora, pela 13ª rodada. O fraco poder de reação não vem se limitando apenas ao Brasileiro. Na eliminação da Copa do Brasil, embora tenha feito dois gols na tentativa de chegar ao menos à igualdade, o Santa viu o Vasco fazer o primeiro, no Arruda, e ganhar por 3 a 2.
Coincidência ou não, Milton Mendes passou por situação semelhante na temporada passada, quando comandava o Atlético-PR. Nos 34 jogos que esteve à frente do Furacão, também não chegou a nenhuma virada. Só que o problema, diga-se, se prolongava desde antes da sua chegada na Baixada (a última virada do time paranaense havia sido em outubro de 2014, ao ganhar do Flamengo por 2 a 1).
Ao perder do Coxa, o treinador coral voltou a ressaltar a falta de estabilidade do Santa Cruz, principalmente no Arruda, que poderia ser um trunfo no Brasileirão para se ir em busca das vitórias. “Tínhamos condições de ganhar. Infelizmente, eles marcaram primeiro, usaram da nossa instabilidade e saíram vencedores.” Destacou, contudo, que está imerso na missão de corrigir esse e outros problemas da equipe. “A nossa luta será grande. Estaremos sempre disponíveis para lutar muito e buscar soluções.”
Santa Cruz sem poder de reação
Santa Cruz 4 x 1 Vitória
Abriu o placar
Fluminense 2 x 2 Santa Cruz
Abriu o placar
Santa Cruz 4 x 1 Cruzeiro
Abriu o placar
Chapecoense 1 x 1 Santa Cruz
Abriu o placar
Santa Cruz 0 x 1 Sport
Sofreu gol aos 8 do primeiro tempo e não buscou empate
Atlético-PR 1 x 0 Santa Cruz
Sofreu gol aos 14 do segundo tempo e não buscou empate
Santa Cruz 0 x 2 Santos
Sofreu o primeiro gol aos 44 do primeiro tempo
Santa Cruz 1 x 0 Figueirense
Abriu o placar
Palmeiras 3 x 1 Santa Cruz
Sofreu o primeiro gol aos 28 do primeiro tempo
Santa Cruz 0 x 1 Flamengo
Sofreu gol aos 14 do primeiro tempo
Corinthians 2 x 1 Santa Cruz
Sofreu o primeiro gol aos 27 do primeiro tempo
Santa Cruz 0 x 3 Ponte Preta
Sofreu o primeiro gol aos 21 do primeiro tempo
Botafogo 2 x 1 Santa Cruz
Sofreu o primeiro com com 1 minuto do primeiro tempo, o segundo aos 17 e diminuiu aos 3 da etapa final
Santa Cruz 1 x 0 Internacional
Abriu o placar
América-MG 0 x 3 Santa Cruz
Abriu o placar
Santa Cruz 0 x 1 Coritiba
Sofreu gol aos 32 do primeiro tempo
Diario de Pernambuco
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