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segunda-feira, 25 de julho de 2016

PARA PAGAR PROPINAS

DELATORES: EMPREITEIRAS PATROCINAVAM STOCK CAR PARA LAVAR DINHEIRO
SEGUNDO DELATORES DA OPERAÇÃO LAVA JATO, ERAM USADOS CONTRATOS DE PATROCÍNIO (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O DINHEIRO PASSAVA POR ASSAD, EMPRESÁRIO CONDENADO NA LAVA JATO

A principal categoria do automobilismo nacional, Sock Car, teria sido usada para lavagem de dinheiro para pagamento de propina no âmbito da Petrobras. Segundo delatores da Operação Lava Jato, eram usados contratos de patrocínio. Ainda segundo os delatores, o dinheiro passava por Adir Assad, empresário condenado na Lava Jato.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Assad tinha uma empresa de marketing com atuação na categoria. Ele era o principal parceiro de uma escuderia da divisão de acesso da Stock Car.
O dono da UTC, Ricardo Pessoa, explicou que uma das maneiras de justificar o dinheiro usado para as propinas era superfaturar valores de patrocínio intermediados pela empresa de Assad. De acordo com ele, o valor excedente era devolvido para pagamentos ilegais a ex-diretores da Petrobras e políticos. Pessoa é delator desde o ano passado.
Sócio da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco, também delator, confirmou o esquema. Ele disse ter recebido dinheiro para pagamentos por meio de contratos simulados com Assad. Uma prova apresentada por ele é um contrato firmado em 2009 para patrocínio do piloto Murillo Macedo Filho, na categoria Stock Car Light. O valor era de R$ 820 mil.
Notas fiscais de pagamentos , no valor de R$ 3,5 milhões, foram anexadas na 31ª fase da Lava Jato.Os pagamentos eram do grupo Schahin (banco e construtora) para a Rock Star, empresa de Assad. A justificativa de pagamento era patrocínio para uma equipe associada a Assad, em que o responsável pela escuderia é Murillo Macedo.
Trendbank era outro patrocinador. A empresa administrava fundos de pensão e foi investigado em CPI por prejuízos na gestão de recursos de funcionários da Petrobras e dos Correios. O banco, segundo investigação, foi o maior financiador da Rock Star, com R$ 28 milhões entre 2007 e 2013.
Assad nega que tenha operado propina. Ele afirma que se desligou da empresa em 2007.
Já os pilotos afirmam que as construtoras patrocinaram equipes privadas e não a categoria. Com isso, a Rock Star seria responsável por providenciar patrocinadores.

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