DELATORES: EMPREITEIRAS PATROCINAVAM STOCK CAR PARA LAVAR DINHEIRO
SEGUNDO DELATORES DA OPERAÇÃO LAVA JATO, ERAM USADOS CONTRATOS DE PATROCÍNIO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
O DINHEIRO PASSAVA POR ASSAD, EMPRESÁRIO CONDENADO NA LAVA JATO
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Assad tinha uma empresa de marketing com atuação na categoria. Ele era o principal parceiro de uma escuderia da divisão de acesso da Stock Car.
O dono da UTC, Ricardo Pessoa, explicou que uma das maneiras de justificar o dinheiro usado para as propinas era superfaturar valores de patrocínio intermediados pela empresa de Assad. De acordo com ele, o valor excedente era devolvido para pagamentos ilegais a ex-diretores da Petrobras e políticos. Pessoa é delator desde o ano passado.
Sócio da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco, também delator, confirmou o esquema. Ele disse ter recebido dinheiro para pagamentos por meio de contratos simulados com Assad. Uma prova apresentada por ele é um contrato firmado em 2009 para patrocínio do piloto Murillo Macedo Filho, na categoria Stock Car Light. O valor era de R$ 820 mil.
Notas fiscais de pagamentos , no valor de R$ 3,5 milhões, foram anexadas na 31ª fase da Lava Jato.Os pagamentos eram do grupo Schahin (banco e construtora) para a Rock Star, empresa de Assad. A justificativa de pagamento era patrocínio para uma equipe associada a Assad, em que o responsável pela escuderia é Murillo Macedo.
Trendbank era outro patrocinador. A empresa administrava fundos de pensão e foi investigado em CPI por prejuízos na gestão de recursos de funcionários da Petrobras e dos Correios. O banco, segundo investigação, foi o maior financiador da Rock Star, com R$ 28 milhões entre 2007 e 2013.
Assad nega que tenha operado propina. Ele afirma que se desligou da empresa em 2007.
Já os pilotos afirmam que as construtoras patrocinaram equipes privadas e não a categoria. Com isso, a Rock Star seria responsável por providenciar patrocinadores.
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