Mendes não se preocupa com demissão no Santa Cruz e critica quem cogita interrupção de projeto
"Profissionais não devem ser avaliados pelo resultado, mas pelo seu trabalho", afirmou Milton Mendes
Técnico disse que clube tem diretores que vão aos treinos e reconhecem trabalho
Mendes disse que a cúpula coral compreende a sua metodologia. Está tranquilo em relação à permanência dele no cargo. “Sou um sujeito que encaro a vida, a minha profissão de peito aberto. Se eu estava com medo de demissão… não tenho esse problema. Tento fazer o meu trabalho pautado em cima das coisas que são colocadas diariamente. Temos diretores que vão aos treinos. (Demissão) não me preocupa.”
Por outro lado, o comandante mostra certa contrariedade quando questionado sobre o assunto demissão. “Me preocupa o que vem de fora. Esse pensamento não é o melhor. Profissionais não devem ser avaliados pelo resultado, mas pelo seu trabalho”, afirmou. Segundo Milton Mendes, a recorrente política de dispensa de treinadores é um erro do imediatista modelo do futebol brasileiro.
“Lá atrás, me perguntaram se achava que os treinadores necessitariam de reciclagem. Respondi que sim. Mas diretores também precisam, jornalistas também precisam. Muitas vezes, a responsabilidade não é toda dele (do técnico). Precisa-se de qualificação do elenco, de buscar situações para o elenco", pontuou, voltando a expor a necessidade de reforços.
"7 x 1"
No ano passado, Mendes teve o seu contrato rescindido durante a Série A. Foi demitido do Atlético-PR após uma sequência de derrotas no campeonato, mesmo tendo livrado o Furacão do rebaixamento no estadual e ter chegado até a liderança daquele Brasileirão com o clube. À época, falou que cada demissão de técnico no país era mais um gol da Alemanha, em referência ao 7 a 1 sobre o Brasil na Copa do Mundo de 2014.
Agora, voltou a fazer a mesma analogia. Entusiasta do modelo Europeu, inclusive sendo detentor do certificado Uefa Pro de treinadores, seguiu censurando a ideia de dispensa. “Falei que cada treinador demitido era mais um gol da Alemanha. O trabalho tem que ter alguma paciência. Na Europa fala-se em projeto, procura-se entender o trabalho.”
Diario de Pernambuco
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