Mesmo sem estrutura, Todo Duro dá aulas gratuitas de boxe no Recife
Todo Duro sempre sonhou com escolinha desde que começou a lutar (Foto: Reprodução/Globo Esporte)
Lutador sempre sonhou em abrir centro de treinamento para dar aulas do esporte para crianças e adolescente; Escolinha está sem luvas, sacos e manoplas para alunos.
Luciano Horácio Torres, o famoso Todo Duro, começou no boxe aos 17 anos. Sua idade hoje, no entanto, é uma incógnita: "para a televisão eu tenho uns 35, mas na vida eu tenho entre 40 e 50 anos", ele diz. Assim que se apaixonou pelo esporte, começou a cultivar o sonho de montar sua própria escolinha e, há um mês, realizou. Uma associação de moradores do bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, cedeu uma galpão para que crianças e adolescentes do local possam participar de aulas gratuitas com o pugilista.
Apesar do espaço não ser pago, faltam equipamentos básicos para a prática do esporte. O lutador, que está parado no momento, está em busca de parceiros para que o projeto decole.
- Meu grande sonho era abrir esse lugar. Agora, meu maior sonho é conseguir os materiais. Os meninos têm vontade de treinar, mas não têm as coisas. Faltam uns 20 pares de luvas, dois sacos de treinamento, manoplas, tênis... Se eu ganhasse um dinheiro agora compraria tudo isso pra cá - disse Todo Duro.
O local conta apenas com ventiladores antigos e muita disposição de Todo Duro. Toda quinta-feira, a partir das 15h, as aulas começam e seguem o rito de treinamentos para luta: alongamento, um breve aquecimento, e muitos jabs, diretos, ganchos e cruzados. Bem-humorado, o professor faz piada com todo mundo. Os mais tímidos entram assim no esporte que, para ele, ainda vai revelar grandes nomes- Meu grande sonho era abrir esse lugar. Agora, meu maior sonho é conseguir os materiais. Os meninos têm vontade de treinar, mas não têm as coisas. Faltam uns 20 pares de luvas, dois sacos de treinamento, manoplas, tênis... Se eu ganhasse um dinheiro agora compraria tudo isso pra cá - disse Todo Duro.
Em uns quatro meses eu vou ter um bocado desses meninos para inscrever nas competições.
Uma média de 20 pessoas participam das aulas. Inicialmente, o projeto seria voltado para um público mais jovem, de até 17 anos, mas, em um mês, os alunos são os mais variados possíveis.
- O boxe não tem idade. Temos alunos de 5 a 50 anos aqui. Quem chegar, eu abraço. Gente pequena, gente grande, de todo jeito.
Além da falta de equipamento, os alunos também não têm lanche, o que, para Todo Duro, é fundamental para que eles tenham um bom desempenho.
- Treinar é bom demais. E pra ficar em pé depois? Tem que ter um leite, uma fruta, para que eles possam ter disposição e queiram continuar participando das aulas. Eles só vão entrar no esporte se tiverem condições disso.
GloboEsporte.com
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