Salvação de Cunha é mercadoria difícil de entregar
A mais nova tentativa de salvar o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lembra as articulações para tentar barrar a Lava Jato ou delimitar a investigação. É uma mercadoria que ninguém consegue entregar.
Deputados que defendem a cassação do mandato de Cunha criticaram a indicação de Ronaldo Fonseca (PROS-DF) para relatar um recurso do peemedebista apresentado à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Aliado de Cunha, Fonseca tentaria invalidar a recomendação do Conselho de Ética de perda do mandato de Cunha.
No entanto, não há clima na Câmara para salvar um deputado federal que negou ter conta no exterior e que é processado no Supremo Tribunal Federal justamente por essa acusação. Quase todo dia aparece uma nova acusação contra Eduardo Cunha.
A mais recente vem do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, que disse que ele e Cunha receberam propina do empresário Eike Batista no auge do “Império X”. Cunha e Eike negam.
Ronaldo Fonseca já deu declarações em defesa de Cunha. Salvar Cunha equivaleria a um suicídio político para deputados e para o governo Temer, que seria acusado de socorrer o presidente afastado da Câmara.
Eduardo Cunha faz os últimos movimentos para tentar se salvar. Ele ainda influencia alguns deputados, mas já não tem mais o poder que detinha. No cenário de hoje, Cunha dificilmente escapará da cassação do mandato de deputado federal.
Blog do Kennedy
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