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quinta-feira, 21 de abril de 2016

SPORT - O PAIZÃO TRICOLOR

Treinador Milton Mendes assume função de "paizão" com os jogadores do Santa Cruz

Como um pai, Mendes assegura ser ríspido quando preciso e afagador quando também vê necessário

Antes de teorias, técnico achou que atletas precisavam de figura semelhante a de um pai nos vestiários para voltarem a render em campo


Entusiasta da parte tática, estudioso do futebol e adepto de treinamentos prolongados e com repetições que visam à perfeição, Milton Mendes conseguiu melhorar o time do Santa Cruz. Evolução evidenciada nos seis jogos que comandou o time desde quando chegou no Arruda. Mas, por trás do treinador detalhista, mora também um “paizão”. O técnico afirmou que, antes que qualquer teoria, os jogadores precisavam de uma figura semelhante a de um pai nos vestiários para voltarem a render. Imbuiu-se desta função e vem formando uma verdadeira família nos bastidores do clube.
Mendes disse que, internamente, faltava “amor, carinho, amizade” no grupo antes de sua chegada. Decidiu, portanto, conhecer os atletas, individualmente,  reconhecendo as particularidades de cada um para pudesse trabalhar o coletivo.“Estava faltando ficar muito mais próximo. Mostrar que não são só jogadores de futebol, são seres-humanos, que têm família, que têm filhos, que têm pais, que têm problemas. Então, esse algo mais nós estamos bem presentes.”
Logo,  adotou o estilo “paizão” no Santa Cruz, que se fez presente também nos outros clubes que comandou. “Quando cheguei aqui, vi que o nosso presidente (Alírio Moraes), a esposa dele e as pessoas envolventes têm essa relação. Mas necessitava dentro do vestiário alguma coisa mais paternalista, talvez. De dizer a eles (atletas) o quanto são importantes, mesmo que às vezes as coisas não aconteçam da forma que desejaríamos”, contou.
Como um pai, o treinador, portanto, assegura ser ríspido quando preciso e afagador quando também vê necessidade. “(O jogadores) erram como todo mundo, precisavam de alguém que mostrasse o caminho, como se fosse um pai que chama a atenção do filho. Na hora que tem que acarinhar, acarinha. Na hora que tem que beijar, beja e na hora que tem que ser duro é também. E principalmente ser honesto com eles, olhar nos olhos dele. Acho que era isso que estava faltando."


Diario de Pernambuco

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