Empurrado pela torcida e na base da vontade, Sport vence o CRB e avança no Nordestão
Embalado pelo calor da torcida, o Sport procurou desde cedo encurralar o CRB em seu campo defensivo
Agora, o time rubro-negro espera a decisão entre Salgueiro e Campinense para conhecer o seu adversário na semifinal da Copa do Nordeste
Embalado pelo calor da torcida, o Sport procurou desde cedo encurralar o CRB em seu campo defensivo. Com 50 segundos de partida, a equipe rubro-negro daria a primeira mostra do que seria a tônica da etapa inicial. Diego Souza progrediu entre linhas dos regateanos, mas, na ausência de apoio dos companheiros, partiu para cima em jogada individual, que terminou em falta que resultaria no primeiro levante da arquibancada, após Durval bater forte para boa defesa de Juliano.
O lance de Diego Souza, além de mostrar o meia como o rubro-negro mais lúcido e, também, com mais entrega em campo, foi um bom resumo do que faltou ao Sport para chegar ao gol que lhe colocaria à frente da eliminatória. Em que pese o Leão dominasse completamente a partida, tendo muito mais volume de jogo e posse de bola que o CRB - que se fechava em seu meio de campo defensivo, com linhas bem compactas, buscando encaixar um contra-ataque -, faltava consistência coletiva tática por parte dos donos da casa.
Jogando com dois atacantes, além de Diego Souza e Lenis bastante adiantados, procurando profundidade ofensiva, faltava compactação ao meio de campo do Sport, com um grande espaço entre seus volantes e o último terço do campo. Vácuo que, em alguns lances, era preenchido pelos laterais cortando na diagonal. Porém, insuficiente para que o time rubro-negro atacasse em apoio, ou seja, o homem em posse da bola tivesse opções de linhas de passe para tentar encontrar espaços no ferrolho do CRB.
Não por acaso, as melhores chances do Leão foram praticamente todas ou de bola parada ou alçada na área: como com Diego Souza e Vinícius, duas vezes. Mas foi na melhor jogada construída de pé em pé da etapa inicial, já nos acréscimos, que Samuel Xavier desperdiçaria a melhor oportunidade para que o Sport fosse para o intervalo à frente do marcador.
Jogo mais aberto
O Leão retornou ao jogo demonstrando as mesmas dificuldades na construção ofensiva. O Galo, por sua vez, foi quem voltou melhor. A equipe alagoana adiantou suas linhas, saindo mais para o jogo e chegando com maior frequência ao ataque em progressão blocada. Mazola estava gostando tanto do jogo, que colocou em campo o meia Marcos Aurélio, para ter melhor qualidade no passe. E haviam sido da equipe alagoana as duas melhores chances da primeira metade da etapa final. Ambas em chutes de Luidy.
A postura mais ousada dos visitantes deu maior emoção ao confronto. Com as duas equipes propondo jogo, havia mais espaço entre linhas e os ataques se alternavam de um lado ao outro. E foi em um desses vazios à frente da área regateana que Rithely encontrou Renê. O lateral esquerdo penetrou na área e bateu na saída do goleiro Juliano. A bola só parou no fundo das redes, para a explosão de alegria da torcida rubro-negra.
À frente do marcador, o Sport aproveitou o desespero do CRB, que se lançou todo ao ataque em busca do empate que lhe daria a classificação, para explorar os contra-ataques. Esteve perto de ampliar o placar, mas o resultado final foi mesmo 1 a 0.
Ficha
Sport 1
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Henríquez, Durval e Renê; Rithely e Serginho (Luiz Antônio); Lenis (Maicon), Diego Souza e Vinícius Araújo; Túlio de Melo (Ronaldo). Técnico: Paulo Roberto Falcão.
CRB 0
Juliano; Marcos Martins, Jussani, Gabriel e Diego; Olívio, Somália (Neto Baiano), Bocão (Érico Júnior) e Luiz Fernando (Marcos Aurélio); Luidy e Lúcio Maranhão. Técnico: Mazola Júnior.
Local: Ilha do Retiro (Recife-PE). Árbitro: Luiz César de Oliveira (CE). Assistentes: Nailton Júnior de Oliveira (CE) e Arnaldo Rodrigues de Souza (CE). Gols: Renê (aos 28 min do 2º T). Cartões amarelos: Diego Souza, Renê, Ronaldo (S); Somália, Luidy (C). Público: 21.446. Renda: R$ 387.340,00.
Diario de Pernambuco
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