Santa Cruz faz bom jogo, mas empata em 2 a 2 com o Bahia e não faz vantagem para a volta
Keno empatou o jogo para o Santa Cruz, no Arruda, aos 45 minutos do primeiro tempo
Time coral saiu atrás, virou o placar, mas penalidade convertida por Luisinho impediu vitória no primeiro duelo da semifinal da Copa do Nordeste
“Combustível” do time, conforme definiu Milton Mendes, a torcida do Santa começou o jogo inflamada como há tempos não se mostrava. Os jogadores corais se entusiasmaram de tabela com um apoio que, por sinal, faziam questão de cobrar em entrevistas passadas. Transformaram o entusiamo em imposição sobre o Bahia nos primeiros minutos. Mas não converteram a maior volúpia em chances reais de gol diante de um adversário bem organizado taticamente, compactado, que diminuía os espaços e explorava contra-ataques.
Um desses contra-golpes foi bem sucedido, aos 19 minutos. Após Allan Vieira ter perdido a bola no meio-campo, Hernane Brocador abriu a contagem para o Bahia. Atletas do Santa e parte dos torcedores reclamaram de uma falta no lateral esquerdo, que até se machucou no lance. Ao ser substituído por Tiago Costa, deixou o gramado sob vaias e aplausos. A torcida esboçou a comemoração do empate aos 28. Danny Morais estava impedido ao cabecear para a meta de Marcelo Lomba, entretanto.
Na vantagem, o Bahia cresceu, porém manteve a sua proposta. Esperava o momento certo para dar o bote e teve duas oportunidades de ampliar ainda na etapa inicial. Para vazar a aplicada equipe de Doriva, teve que se apelar para a jogada individual. Keno, então, se livrou de três marcadores antes de colocar com capricho a bola no canto esquerdo de Marcelo Lomba: 1 a 1 e mais um gol na conta do artilheiro do Santa em 2016. “Time de guerreiros”, gritou a torcida no silvo do árbitro para o intervalo da partida.
O Santa Cruz voltou para a etapa final numa ritmo bem mais acelerado que em todo primeiro tempo. Keno perdeu de virar o jogo. Grafite, não. Em jogada feita de João Paulo, Grafite driblou Lomba e fez 2 a 1, pondo fim ao seu maior “jejum”nesta sua passagem pelo clube, que durava sete partidas. Doriva tentou mudar o panorama do duelo ao acionar o ex-coral Luisinho (que entrou em campo sob vaias, naturalmente). Não fosse Neris para salvar, ele teria empatado. Arthur, Daniel Costa, de falta, e Lelê poderiam ter ampliado. O preço do desperdício do time de casa foi alto. Wellington Cézar, que acabara de entrar, colocou a mão na bola e cometeu penalidade máxima. Luisinho convertou. Lelè ainda acabaria expulso. Pelo futebol apresentado, os jogadores saíram ovacionados: “Time de guerreiro” novamente foi gritado das arquibancadas no apito final.
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vitor, Neris, Danny Morais e Allan Vieira (Tiago Costa); Uillian Correia, João Paulo, Lelê, Keno (Daniel Costa) e Arthur (Wellington Cézar); Grafite. Técnico: Milton Mendes.
Bahia
Marcelo Lomba; Hayner, Lucas Fonseca (Róbson), Éder e João Paulo Gomes; Feijão, Danilo Pires e Juninho; Thiago Ribeiro, Edigar Junio (Luisinho) e Hernane Brocador (Zé Roberto). Técnico: Doriva.
Local: Arruda (Recife-PE).
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE).
Assistentes: Rodrigo Guimarães Pereira (SE) e Eric Nunes Costa (SE).
Gols: Hernane Brocador (19’ do 1T, Bahia); Keno (45’ do 1T, Santa) e Grafite (13’ do 2T, Santa) e Luisinho (38’ do 2T, Bahia)
Cartões amarelos: Lelê, Danny Morais e Wellington Cézar (Santa Cruz); Lucas Fonseca, Feijão, Róbson e Juninho (Bahia)
Cartão vermelho:Lelê (Santa Cruz)
Público: 12.737
Renda: R$ 197.615,00
Diario de Pernambuco
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