Brasil joga mal, sai atrás do Paraguai, mas empata nos descontos e dá sobrevida a Dunga
Jogadores brasileiros bateram cabeça, mas pressão no fim do jogo deu resultado
Seleção apresentou um futebol sem inspiração e por pouco não saiu derrotada
Mais do que futebol, faltavam ideias. O Brasil entrou no gramado do Defensores del Chaco apresentando as mesmas deficiências que mostrou no segundo tempo do jogo contra o Uruguai, na Arena Pernambuco. Com dificuldade para fazer a transição da defesa para o ataque, não ameaçou o Paraguai nos primeiros minutos, e teve que se segurar como pôde para evitar um gol dos donos da casa, que pressionavam.
Maior do que a insistência paraguaia nas jogadas de bola parada, que levavam perigo - em duas delas, a Seleção precisou contar com o reflexo de Alisson -, era a incapacidade brasileira de reagir. Sem padrão de jogo, sem brilho individual e cheio de problemas na armação das jogadas, tudo que a Seleção conseguia fazer era contra-atacar em velocidade e, quando muito, chutar de longe. Assim nasceu a melhor chance do time, uma finalização de Willian que acertou o travessão.
Só que mais do que improdutividade ofensiva, o problema brasileiro era também defensivo. Todas as chegadas paraguaias faziam o sistema defensivo bater cabeça. De tanto perseverar, a Albirroja saiu na frente: Lezcano recebeu passe dentro da área e finalizou sem chances para o goleiro brasileiro. Assim, a Seleção voltou para os vestiários perdendo por 1 a 0.
Mais apatia
No entanto, mais assustadora do que a má atuação na primeira etapa foi a passividade brasileira na volta para o segundo tempo. Poucos minutos de bola rolando foram suficientes para mais um castigo: 2 a 0. Sem dificuldades, o veterano Roque Santa Cruz driblou três marcadores e armou a jogada para Benítez se antecipar a Dani Alves e chutar de bico para ampliar.
Maior do que a desorganização dos brasileiros em campo era a facilidade com que o Paraguai conseguia marcá-los. Mesmo em ampla desvantagem, a Seleção seguia lenta, e só conseguia ameaçar em jogadas de bola parada. Mas mesmo sem inspiração, o Brasil se aproveitou da retração dos donos da casa para diminuir: Hulk chutou de fora da área e Ricardo Oliveira aproveitou o rebote.
Após o gol, mais pressão brasileira. Que surtiu efeito, quando Daniel Alves invadiu a área para finalizar, já nos acréscimos, e definir o empate. Um resultado tão precioso quanto incoerente, que pode ter dado uma sobrevida ao técnico Dunga, mas que não melhorou em absolutamente nada a imagem da Seleção aos olhos de uma torcida cada vez mais habituada à mediocridade.
Paraguai 2
Villar; Paulo da Silva, Agillar, Gómez e Samudio; Richard Ortiz (Jonathan Santana), Ortigoza, Derlis González e Edgar Benítez; Jorge Benítez (Santa Cruz) e Lezcano (Iturbe). Técnico: Ramón Diaz.
Brasil 2
Alisson; Daniel Alves, Miranda, Gil e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Lucas Lima), Fernandinho (Hulk), Renato Augusto, Willian e Douglas Costa; Ricardo Oliveira (Jonas). Técnico: Dunga
Estádio: Defensores del Chaco (Assunção-PAR). Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia). Gols: Edgar Lezcano (40’ do 1ºT) e Benítez (3’ do 2ºT) (PAR); Ricardo Oliveira (33’ do 2ºT) e Daniel Alves (471 do 2ºT) (BRA). Cartões amarelos: Villar, Gustavo Goméz e Samudio (PAR); Miranda (BRA).
Brasil 2
Alisson; Daniel Alves, Miranda, Gil e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Lucas Lima), Fernandinho (Hulk), Renato Augusto, Willian e Douglas Costa; Ricardo Oliveira (Jonas). Técnico: Dunga
Estádio: Defensores del Chaco (Assunção-PAR). Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia). Gols: Edgar Lezcano (40’ do 1ºT) e Benítez (3’ do 2ºT) (PAR); Ricardo Oliveira (33’ do 2ºT) e Daniel Alves (471 do 2ºT) (BRA). Cartões amarelos: Villar, Gustavo Goméz e Samudio (PAR); Miranda (BRA).
Diario de Pernambuco
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