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terça-feira, 22 de março de 2016

ACABARAM COM A PETROBRAS

PETROBRAS TEVE PREJUÍZO RECORDE EM 2015: R$ 34,83 BILHÕES

OLHA O QUE ELES FIZERAM COM A ANTES RENTÁVEL PETROBRAS

A Petrobras fechou o ano de 2015 com o pior resultado de sua história, um prejuízo de R$ 34,8 bilhões. A companhia atribuiu o resultado a uma revisão, em volume recorde, no valor de ativos e investimentos, afetados principalmente pela queda nas cotações internacionais de petróleo, que geraram uma baixa contábil superior a R$ 49 bilhões.

"O balanço demonstra um esforço de transparência e resgate da credibilidade da companhia", afirmou o presidente da estatal, Aldemir Bendine, logo após o anúncio do resultado. Apesar do fraco resultado, o executivo ressaltou a "capacidade de resiliência da empresa, com avanços significativos no resultado operacional". A expectativa, segundo ele, é que a Petrobras retome a normalidade no período de quatro a cinco anos.

O prejuízo em 2015 foi 61% maior que o verificado em 2014, quando a estatal registrou perda de R$ 21,6 bilhões e reconheceu prejuízos com o esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato - no balanço de agora, não há novas perdas com a operação reconhecidas. Com o segundo resultado negativo seguido, a petroleira informou que não pagará dividendos aos acionistas nem participação nos lucros aos funcionários.

Ao todo, nos dois últimos anos, a estatal já registrou uma revisão de R$ 93 bilhões no valor de ativos e projetos. No balanço de 2015, as baixas contábeis foram concentradas nos projetos da área de Exploração e Produção (77%), relacionados com a queda nas cotações internacionais de petróleo. 

Entre os ativos, o destaque foi a revisão de R$ 8,7 bilhões no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos. Segundo a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, o campo "não atendeu às expectativas da empresa". Também houve baixa contábil em outros campos no País e no exterior, além de revisão no valor de sondas e equipamentos de produção. Ao todo, a área de E&P teve prejuízo de R$ 13 bilhões em 2015, ante um lucro de R$ 32 bilhões em 2014

A estatal ainda revisou valores registrados para projetos questionados, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que já consumiu US$ 14 bilhões e é um dos principais alvos de investigação da Polícia Federal. O projeto registrou baixa contábil de R$ 5,3 bilhões e foi postergado para 2023 - a última previsão era concluir neste ano. 

"É uma estratégia das empresas aproveitar um ano ruim para incluir todos os prejuízos. Mas, efetivamente, a Petrobras está perdendo valor. A realidade da empresa é muito diferente do que se divulgava alguns anos atrás", disse Walter De Vitto, da consultoria Tendências. "É um passo dentro de um processo de muitos anos. Não é um resultado que indique a recuperação do grupo." 


DIÁRIO do PODER


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