Lava Jato: carta da mulher de Santana entregou marido
PF achou bilhete de Monica Moura a engenheiro operador de esquema. Ela indicou conta secreta no exterior para transferência de dinheiro.
A 23ª fase da Lava Lato, deflagrada nesta segunda-feira (22), surgiu a partir de documentos apreendidos na 9ª etapa da operação. Entre eles, estava uma carta de Monica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, endereçada ao engenheiro Zwi Skornicki, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras.
Na carta, havia um contrato entre a offshore (empresa no exterior) Shellbill Finance S.A., que a Polícia Federal acredita ser dos publicitários, e uma offshore ligada à Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato. O texto diz que não há cópias eletrônicas do contrato (veja abaixo).
Investigadores suspeitam que João Santana, que atuou em campanhas eleitorais do PT, foi pago com propina de contratos da Petrobras. Ele teria recebido US$ 7,5 milhões entre 2012 e 2014, por meio de uma conta secreta na Suíça.
Veja a transcrição completa:
Zwi/Bruno
Mando cópia do contrato que firmei com outra empresa como modelo. Acho que o nosso pode ser simplificado, este é muito burocrático, mas vcs que sabem.
Apaguei, por motivos óbvios, o nome da empresa. Não tenho a cópia eletrônica, por segurança.
Espero notícias.
Segue também os dados de minha conta com duas opções de caminhos. Euro ou dólar. Vcs escolhem o melhor.
Grata.
Abs.
Mônica Santana
Mando cópia do contrato que firmei com outra empresa como modelo. Acho que o nosso pode ser simplificado, este é muito burocrático, mas vcs que sabem.
Apaguei, por motivos óbvios, o nome da empresa. Não tenho a cópia eletrônica, por segurança.
Espero notícias.
Segue também os dados de minha conta com duas opções de caminhos. Euro ou dólar. Vcs escolhem o melhor.
Grata.
Abs.
Mônica Santana
A carta indicou números de contas do Citibank em Nova York e em Londres, que correspodiam a uma conta na Suíça. O banco permitia operações em dólar e euro por meio de contas conveniadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. "O dinheiro foi depositado através dessas contas correspondentes, mas o beneficiário final foi a sua conta na Suíça", disse Filipe Pace, delegado da PF.
Do G1, em São Paulo
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