NÁUTICO - PROMETENDO MUITA LUTA

Dal Pozzo promete Náutico competitivo, forte na marcação, mas com qualidade na saída de bola

Sem a bola, todos os jogadores devem marcar forte. Com a bola, saída de qualidade, priorizando o passe

Treinador alvirrubro tenta implantar um conceito moderno do futebol

Nesta segunda-feira, o Náutico encara o Santa Cruz, às 20h30, pela primeira rodada do Campeonato Pernambucano. Diante de um tricolor que manteve praticamente o mesmo time que foi vice-campeão da Série B, o treinador alvirrubro espera um Timbu de superação. Ciente de que sua equipe vai levar um tempo até se entrosar, Dal Pozzo espera que, no Clássico das Emoções, seus comandados esbocem os traços do que pretende deles: competitividade. Um time forte na marcação, mas que saiba sair com a bola, priorizando a posse de bola.
O gênio holandês Johan Cruijff certa vez disse que o futebol é um esporte que se joga sem a bola. Para isso, recorreu à estatística. Um jogador toca na bola, em média, de 30 segundos (zagueiros e centroavantes) a três minutos (o meia armador) por jogo. A partida, portanto, é decidida de acordo com o que os atletas fazem no período restante. Foi este modelo, por sinal, que Cruijff implementou no Barcelona. E é este conceito de futebol moderno que Gilmar Dal Pozzo quer ver no Náutico. “A minha equipe sem a bola vai ser muito competitiva. Todos os meus jogadores ajudam na marcação, inclusive os atacantes”, promete.
Quando tocam na bola, os jogadores têm que saber exatamente o que fazer com ela. Dal Pozzo acredita que os seus sabem. “Com a bola, a nossa equipe joga. No ano passado, por exemplo, fizemos muito mais gols do que tomamos depois de minha chegada”, exemplificou. “A minha equipe com a bola tem saída com qualidade, inclusive a gente esse ano vai adotando o método com o goleiro participando também. Proponho um jogo de posse de bola”, acrescentou.

Diario de Pernambuco