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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

FALANDO PODE COMPLICAR MAIS

Acuado, PT evita falar em defesa de Lula

Horas depois de divulgar uma nota afirmando que a "escalada de ataques ao companheiro Lula" seria um dos temas "prioritários" da reunião de hoje, realizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o conselho político do PT, o presidente da sigla Rui Falcão recuou em relação à pauta.
"Não tratamos desse assunto", disse ele em coletiva de imprensa após o encontro petista.
Falcão afirmou que na reunião, que durou cerca de quatro horas e teve a presença de nomes de peso do partido, como o prefeito Fernando Haddad, além de três governadores do PT, foram discutidas a "conjuntura política do Brasil, questões econômicas e as relações do Estado democrático de Direito".
Mais uma vez, o presidente do PT afirmou que as denúncias envolvendo Lula são "infundadas".
"As pessoas têm que provar que são inocentes. Embora o sítio esteja em nome de outra pessoa, o presidente Lula tem que provar que não é dele. É uma inversão de valores", disse.
Segundo investigações do Ministério Público paulista, o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, que é frequentado pelo ex-presidente e sua família teve reformas pagas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, investigadas pela Operação Lava Jato.
Acuados, a maioria dos petistas que participaram do encontro evitaram sair pela entrada principal, onde estava a imprensa, e boa parte se negou a comentar o conteúdo da reunião.
Rafael Marques, presidente do sindicado dos metalúrgicos do ABC, saiu com um livro do jornalista Paulo Moreira Leite sobre a Lava Jato, mas negou que a operação e as denúncias tenha sido debatidas. "O Lula veio contribuir como partido."
PLANO NACIONAL DE EMERGÊNCIA
Outro tema em debate foi um Plano Nacional de Emergência para retornar o crescimento do país com saídas que fogem da agenda neoliberal. Entre as propostas do documento está a convocação de uma Conferência Nacional de Política Econômica.
Questionado sobre a reforma da previdência do governo, Falcão afirmou que o PT sugere que "há outras questões para se tratar no país", mas enfatizou que o "foro legítimo para discutir o assunto é o criado pelo próprio governo".

Da Folha de São Paulo

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