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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SANTA CRUZ - EXPLICAÇÕES DE MARTELOTTE

Contratações, estratégias, Série A e prioridades: Martelotte faz um raio-x do Santa Cruz

"Recebemos todo os dias ofertas de jogadores de fora, de Chile, de Argentina", revelou o treinador coral

Técnico crê que a equipe pode ficar no meio da tabela da Série A do Brasileiro caso consiga repetir as atuações da reta final da última Segundona


Se o time do Santa Cruz repetir o futebol apresentado na reta final da Segundona de 2015, não vai ser rebaixado na Série A deste ano. A conclusão é próprio Marcelo Martelotte. Em entrevista  o treinador não escondeu a satisfação com a manutenção da base da equipe para esta temporada na elite. Para ele, com menos recursos que outros concorrentes da Primeira Divisão, um trunfo, inegavelmente, importante. O comandante, porém, avisa que está atento ao mercado. Pensa ainda na vinda de jogadores “de peso” ao Arruda, desde que não estejam em baixa. Temas como a dificuldade para a chegada de reforços, a garimpagem de atletas no mercado sul-americano e a falta de estrutura do clube em ano de Primeira Divisão também foram comentados pelo técnico.
Dificuldade para contratar
As contratações sempre exigem mais cuidado. Contratar é mais difícil para acertar que a renovação de um jogador que já passou pelo clube, que você convive no dia a dia e já deu uma resposta positiva… A gente vive, lógico, na expectativa de surgir um bom negócio, de surgir no mercado um jogador de qualidade e com experiência que vai se precisar lá na frente. Neste cenário de crise econômica do país, de invasão dos chineses no futebol brasileiro, levando todo muito, muitos desses jogadores que poderiam vir neste início do nosso projeto passaram a ser interessantes para as equipes maiores.
O critério para manter a base titular

Existe uma análise individual, mas o critério não foi individual. O critério foi: nós precisamos ter uma base porque a grande vantagem que a gente poderia ter neste ano é um time que joga junto há quatro, cinco, seis meses. A aposta no Pernambucano e na Copa do Nordeste é no crescimento deste time. É interessante essa aposta quando você entra numa Série A, em que, economicamente, você não pode brigar com os outros. Se você tiver um time mais entrosado, é a sua chance.
Meta na Série A
A posição é muito difícil falar. O que eu digo é o seguinte: se a gente jogar aquele futebol que estava sendo apresentado, que ganhou do Bahia, do Botafogo, do Vitória, tem condições de ficar em uma posição de meio de tabela. A característica do jogo das duas competições, talvez, seja diferente. A gente vai ter que evoluir em alguns aspectos, mas, por outro lado, dentro do nosso jogo, vamos enfrentar adversários que não marcam tanto.
Necessidade de jogador de renome
Eu queria mais dois ou três, não queria só um, não. Só que a gente tem que trabalhar com a realidade do Santa Cruz. Temos que analisar o momento e não analisar só a trajetória do jogador. Não adianta eu trazer um jogador para dividir responsabilidade (com Grafite) se neste momento ele não está preparado para isso. Tem jogadores com grande história no futebol, mas que estão em um momento que talvez não possam assumir tamanha tarefa. Martinuccio, que foi um nome oferecido para a gente, não interessou. Ele está com problema físico. Imagina se você traz um jogador acima do orçamento e ele chega aqui e não joga.
Prioridade no primeiro semestre
Por conceito, não gosto desse negócio de poupar, de dividir o time. A princípio, a minha ideia é jogar com o nosso melhor nos dois campeonatos. Seguindo esse raciocínio, não tem prioridade de campeonato. Não dá para abrir mão do Pernambucano. Mesmo se estivermos nas finais do Pernambucano e da Copa do Nordeste, na mesma semana, vamos jogar com o nosso melhor nos dois. Por outro lado, por ter formado um grupo mais equilibrado que o do ano passado, temos a condição também de tirar um ou outro jogador na necessidade.
Mercado sul-americano
Recebemos todo os dias ofertas de jogadores de fora, de Chile, de Argentina. Há quatro anos, passei dez dias observando jogadores jovens para o Santos. Estes caras estão hoje aí, caríssimos, como o Calleri (ex-Boca, contratado pelo São Paulo). Mas você vai pegar um desconhecido gringo, por análise só de vídeos do YouTube, é torcer para dar certo. É um tipo de contratação ainda mais arriscada de se fazer.
CT e base
Quando estive aqui, em 2013, conversei com o antigo presidente, Antônio Luiz Neto, e falo agora com o Alírio Moraes sobre a necessidade de um centro de treinamento. Hoje, a gente vê uma geração da base bem abaixo, em que não podemos aproveitar muita coisa. Não vou subir jogador só para ocupar espaço. Não existe aqui ligação entre base e profissional. Parece ser dois clubes separados. O menino Lucas (volante) chegou agora para o profissional com percentual de gordura alta. A gente sabe que existe grau de exigência diferente na base, mas esse abismo precisa ser cada vez menor.


Diario de Pernambuco

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